Tentativa de Golpe de Estado na Guiné-Conakry

As forças especiais da Guiné Conakry reividicam ter prendido o Presidente Alpha Condé, depois de um intenso tiroteio com a guarda presidencial iniciado na manhã deste domingo.

Numa imagem envia à Agência Frrancesa de notícias, AFP, os insurrectos, liderados pelo tenente-coronel Mamady Doumbouya, anunciaram a dissolução das instituições do Estado.

“Depois de prender o Presidente, decidimos revogar a Constituição em vigor, dissolver as instituições, incluindo o governo”, diz um dos golpistas” que se apresenta fardado e armado na imagem não ainda não publicada pela televisão estatal.

Entretanto, o ministério da defesa assegurou ter rechaçado o ataque das forças especiais sem, no entanto, esclarecer o paradeiro do Chefe do Estado.

Um diplomata ocidental confirmou à AFP que estava em curso uma tentativa de golpe de Estado protagonizado pelas forças especiais que tomou temporariamente o palácio presidencial.

De acordo com a mesma fonte a tensão foi provocada pela destituição, tentativa de prender ou de marginalizar o comandante das tropas de elite, que dispõe de meios bélicos superiores aos outros, capazes de criar inveja aos outros ramos das Forças Armadas.

Há vários meses que aquele país da África Ocidental mergulhou numa crise política e económica, agravada pela Covid-19.

A candidatura do Presidente Alpha Condé a um terceiro mandato, a 18 de Outubro de 2020 provocou uma prolongada tensão que causou dezenas de mortos.

Proclamado Presidente, a 07 de Novembro, para um terceiro mandato, apesar do recurso dos seus adversários Alpha Condé, no poder desde 2010, é acusado de, nos últimos anos, ser muito autoritário. (RM)