"Não queremos mais mortes, declarámos o alerta para conter a cólera, a febre tifóide e tudo o que está a acontecer", disse Moyou à imprensa após visitar um dos hospitais onde estão a ser tratados os pacientes da capital.
O surto começou nos subúrbios de Glen View e Budiriro, onde, segundo funcionários do Conselho Municipal de Harare, uma fuga num cano de esgoto contaminou a água dos poços comunitários que abastecem as comunidades locais.
Harare, como muitas outras aldeias e cidades do país, não dispõe de água potável suficiente, obrigando as habitantes a usar água de poços não protegidos.
A venda de carne e peixe nas áreas afectadas foi proibida, segundo as autoridades, e algumas escolas suspenderam as aulas para evitar mais contágios, segundo o periódico local The Chronicle.
O governo do Zimbabué pediu ajuda às Nações Unidas e a empresas privadas para que abasteçam as zonas contaminadas com água potável.
Esta é a quarta vez, nos últimos 15 anos, em que a cólera, uma doença tratável que causa vómitos e diarreia intensos e pode ser mortal se não for tratada a tempo, atinge o Zimbabué.
Em 2008 e 2009, a maior epidemia de cólera registada na história do país, matou mais de 4.000 pessoas em nove meses e mais de 90.000 foram infectadas. (RM-NM)