Mais de mil mortes por cólera no Malawi

Publicado: 25/01/2023, 22:02
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Malawi lança um apelo urgente à Organização Mundial da Saúde (OMS) para a doação de 7,6 milhões de doses de vacina oral contra a cólera, numa altura em que a doença já causou mais de mil óbitos.

São exactamente mil e duas pessoas que morreram desde Março do ano passado até à data, num cumulativo de trinta mil e seiscentos e vinte um casos da cólera, que afectou todo o país.

A taxa de letalidade está neste momento situada em 3,30%

Com mil cento e quinze pacientes internados nas diferentes unidades sanitárias do país, o ministério malawiano da saúde está sem soluções à vista para travar a rápida propagação do vibrião colérico que em média atinge quinhentas pessoas por dia.

O porta-voz do ministério da saúde e população do Malawi, Adrian Chikumbe, explicou desconhecer a data que as doses poderão chegar no Malawi, mas o que se sabe é que o país está sem vacinas contra esta doença endémica.

Chikumbe reconhece que há muita procura pela vacina por parte de outros países da África que também se ressentem do problema da cólera, mas Malawi deverá ser prioridade.

Enquanto isso, o Conselheiro Presidencial para Assuntos Religiosos, Brian Kamwendo, condenou a tendência de alguns líderes religiosos de dissuadir seus seguidores de receber tratamento médico e vacinas contra a cólera.

Para Kamwendo, é lamentável que alguns líderes religiosos estejam negando a seus seguidores o acesso ao tratamento médico e vacinas durante este período crucial em que o surto de cólera continua a alastrar-se e a matar.

"Agradecemos a Deus que até agora a presidência do país ainda não chegou ao ponto de proibir tais igrejas como é o caso de outros países. O que esses líderes estão fazendo é ímpio e pobre liderança. Os líderes religiosos têm o papel de garantir a boa saúde de seus seguidores", observou o conselheiro do presidente para assuntos religiosos.

Entretanto, mesmo o facto de o governo ter restringido a venda de alimentos prontos para consumo em locais públicos e mercados abertos, onde o saneamento é um desafio, a Rádio Moçambique testemunhou que em alguns mercados das cidades de Blantyre e Lilongwe, as pessoas continuam a desafiar esta ordem governamental.

Ainda não há mudança de comportamento entre vendedores e compradores de diferentes commodities, com alguns mercados a acusarem falta de saneamento.

Mesmo com este desafio, o ministério de água e saneamento iniciou a religação de água em estabelecimentos de ensino, e de restauração. ( RM Blantyre)

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