CFM apoia reconstrução da linha férrea Blantyre /Mutarara

No Malawi, as obras de construção de 72 quilómetros da linha férrea Bangula-Marka, ligando o distrito de Mutarara, em Tete, ganham forma, com o apoio logístico da empresa Caminhos de Ferro de Moçambique.

Os Caminhos de Ferro de Moçambique, estão a apoiar o Malawi, numa primeira fase, no transporte de cimento, a partir do Porto da Beira.

Espera-se que maior parte do material a ser usado na empreitada, venha a ser transportado através da linha férrea da Vila Nova da Fronteira, em Mutarara.

Esta acção decorre de um acordo entre os dois países, aquando da deslocação a 14 de Dezembro do ano 2021, do Presidente do Conselho de Administração dos CFM, Miguel Matabel, à Malawi.

Matabel comprometeu-se a apoiar o Malawi no transporte de material, para que o projecto de reconstrução da linha férrea, Blantyre-Mutarara seja finalizado e se iniciem as operações que, não só irão permitir encaixes financeiros para as duas empresas, como também, contribuirá para a melhoria de vida da população residente ao longo da via.

Cumprida a promessa dos CFM, a empreitada do lado malawiano ganhou uma nova dinâmica e as obras que estão a cargo da empresa chinesa CR20, já têm uma execução de 17%.

Do lado malawiano, foi montada uma fábrica de travessas para acelerar a execução da empreitada, que já vai atrasada há cerca de um ano.

Com esta reconstrução, a linha terá uma capacidade de 20.5 toneladas por eixo, contra as anteriores 16.5 Toneladas por eixo e a velocidade de circulação vai passar dos anteriores 30 km/hora para 60 km/h.

O ministro da Indústria e Comércio do Malawi, Simplex Chithyola Banda, disse estar interessado em ver o projeto concluído, para acelerar a promoção do comércio entre os dois países.

Aliás, a execução deste importante projecto, está em consonância com os desafios da cadeia logística da região Austral de África, no contexto da industrialização da região, através do realinhamento das infra-estruturas da SADC, um desafio em materialização sob a liderança dos presidentes Filipe Nyusi e Lazarus Chakwera.

Foi no ano 2020, que os chefes de estado moçambicano e malawiano, sentaram-se à mesma mesa, na vila do Songo em Tete e realinharam estratégias de cooperação bilateral e juntos decidiram ressuscitar projectos de interesse comum, a exemplo da linha férrea que vai ligar mais uma vez Moçambique a Malawi, através dos distritos de Mutarara e Nsanje respectivamente. (RM/Blantyre)