Crescem casos de assassinato na África do Sul

Crescem casos de assassinato na África do Sul. A maior parte dos casos ocorrem com recursos a armas brancas.

Mais de seis mil pessoas foram mortas, na África do Sul, de Janeiro a Março deste ano, um aumento de três vírgula quatro por cento em relação a igual período do ano passado.

Por outras palavras, durante os primeiros três meses deste ano, a cada hora, cerca de três pessoas foram assassinadas, na África do Sul.

A maior parte dos assassinatos foram registados nas províncias de Kwazulu-Natal, Cabo Oriental e Gauteng.

Os dados foram tornados públicos, esta terça-feira, pelo ministro sul-africano da Polícia, Bheki Cele, quando apresentava as estatísticas criminais do primeiro trimestre do ano.

De acordo com Bheki Cele, muitas vítimas foram mortas com recurso a armas de fogo, facas, instrumentos cortantes e contundentes.

Há ainda preocupação com o número de casos de assalto a viaturas de transporte de valores, roubos, agressões e tentativas de homicídio. 

Apesar de a África do Sul possuir uma das maiores taxas de homicídios no mundo, o Ministro Cele diz que há sinais de melhorias da segurança de pessoas.

Bheke Cele aponta a diminuição do número de estupros, em de cerca de três por cento, e de assassinatos de crianças, em vinte por cento, para justificar os ganhos da actuação policial.

Cele voltou a defender que o policiamento comunitário é vital na estratégia geral para combater o crime na África do Sul:

“Este Ministério volta a pedir ao governo e a toda a sociedade para se juntarem neste combate. Apelamos novamente ao governo, a todos os níveis, para apoiar os esforços de policiamento comunitário. Sem a participação da comunidade, a Polícia nunca vencerá a guerra contra o crime “, disse.

Reagindo aos números apresentados por Bheki Cele, a Aliança Democrática, maior partido na oposição, reiterou os apelos para a demissão do Ministro da Polícia, justificando que o crime está fora de controlo.

De acordo com a Aliança Democrática, os novos números pintam um quadro sangrento de violência e destroem o tecido social da África do Sul. (RM Pretória)