FACIM deve servir como plataforma estratégica para alcançar a independência económica-PR

O Presidente da República diz que a FACIM-2025 deve servir como uma plataforma estratégica para alcançar a independência económica do país.

Daniel Chapo destaca que é preciso tornar a maior feira de negócios do país, num motor de desenvolvimento, capaz de aumentar as exportações através de trocas comerciais justas.

O Chefe do Estado falava, esta segunda-feira, na abertura da Feira Internacional de Maputo, FACIM-2025.

O evento conta com a participação de 2.350 expositores nacionais, vindos de todas as províncias, e 800 estrangeiros, representantes de 30 países, com uma expectativa de 70 mil visitantes ao longo da semana.

Para o estadista, a diversidade de presenças confirma o estatuto da FACIM como a maior feira multissectorial da África Austral e um dos mais respeitados palcos de negócios do continente.

Este ano, a província de Gaza assume o título de Província de Honra, destacada pelo seu potencial agrícola, mineral e turístico, enquanto a África do Sul foi escolhida como País de Honra, em reconhecimento ao seu papel como principal parceiro comercial de Moçambique em África e um dos maiores investidores no país. “A presença dos países amigos e irmãos nesta feira não é apenas um acto comercial; é, sobretudo, um gesto de amizade e de confiança no nosso Moçambique”, disse.

O governante frisou ainda que a FACIM é também um espaço de identidade nacional, onde a economia se cruza com a cultura e a cidadania.

“A FACIM é mais do que uma feira de negócios. A FACIM é um espelho da nação. É um espaço de encontro das famílias moçambicanas, onde trazemos as nossas crianças para aprenderem sobre o país, para se orgulharem do que somos e do que produzimos”, declarou.

Durante a cerimónia de abertura, o Presidente Chapo anunciou o lançamento do Fundo de Garantia Mutuária, no valor de 40 milhões de dólares, financiado pelo Banco Mundial, destinado a facilitar o acesso ao crédito às Pequenas e Médias Empresas (PME’s).

“Sabemos que a falta de colaterais e as altas taxas de juro têm sido barreiras quase intransponíveis, daí a criação deste fundo, especificamente dedicado às pequenas e médias empresas”, explicou.

O novo instrumento, segundo o Presidente da República, deverá beneficiar cerca de 15 mil PME’s, maioritariamente geridas por jovens, e servirá como estímulo à retoma económica. “Este instrumento não é apenas um mecanismo financeiro. É uma ponte para a retoma da economia moçambicana. É uma oportunidade de transformar sonhos da nossa juventude em negócios e ideias em empregos para os jovens”, acrescentou.

Esta terça-feira, a FACIM-2-25 será marcada pela realização de diversas actividades, com estaque para a assinatura de um acordo entre a Agência de Desenvolvimento Integrado do norte e a Agência para a Promoção de Investimentos e Exportações (APIEX). (RM)