Arthur Peter Mutharika, eleito nas eleições de 16 de Setembro passado, toma posse, este sábado no Estádio Kamuzu Banda, na cidade de Blantyre, como o sétimo presidente do Malawi.
Estão confirmados para este acto de investidura, 4 chefes de estado, cujo nomes não foram revelados.
O actual presidente do país, Lazarus Chakwera, e seu vice, Michael Usi, dois candidatos derrotados neste último escrutínio, confirmaram a sua presença.
Será um acto histórico, por ser a primeira vez no Malawi, que um chefe de estado em exercício e seu vice-presidente, perdem as eleições e garantem a sua presença na cerimónia de investidura do seu sucessor, por sinal um opositor.
Chakwera, está a arrancar elogios de todas forças vivas da sociedade, pela forma como está a gerir este processo de transmissão de poder.
Depois de ter admitido a sua derrota, a favor de Mutharika, Lazarus Chakwera, além de ter liderado a equipa técnica para todo o processo de tomada de posse, incluindo a renovação das casas protocolares da presidência da república, decidiu deslocar da cidade capital, Lilongwe, para Blantyre, local da cerimónia, a fim de entregar ao seu sucessor os símbolos de poder.
O presidente derrotado, mandou igualmente montar telas gigantes nos estádios de Civo na cidade de Lilongwe e no Estádio de Mzuzu, cidade do mesmo nome, dois maiores centros urbanos do país, para a população acompanhar o decurso de toda cerimónia de investidura, a partir dos seus locais.
Chakwera descreveu a sua derrota como um reflexo da vontade colectiva dos malawianos de mudar o governo, daí, disse estar a respeitar esta posição do povo que antes o tinha confiado o poder, um gesto classificado por analistas políticos, de sentido de responsabilidade democrática, patriótica e dum verdadeiro estadista.
Confirmaram igualmente a sua presença, os antigos presidentes do país, Bakili Muluzi, Joyce Banda e os então vice-presidentes.
Arthur Peter Mutharika, que venceu as eleições com 56,8% do total de votos, vai assumir o cargo numa altura em que a economia do país está à beira do colapso, facto que vai exigir do novo executivo, medidas de austeridade para reverter o gráfico.
Mutharika, vai precisar combater a inflação que ronda nos 35%, aumentar as exportações para estabilizar as reservas cambiais, restaurar a disciplina fiscal, priorizar investimentos produtivos e implementar a Agenda Malawi 2063, a estratégia de desenvolvimento de longo prazo do país. (RM Blantyre)
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