23 de Outubro de 2025
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Ao fim de quatro dias de audições, o suspenso ministro sul-africano da Polícia, Senzo Mchunu, nega ter qualquer ligação com o crime organizado.
Em declarações a comissão ad hoc parlamentar, que investiga a alegada captura do sistema de justiça criminal da África do Sul, Senzo Mchunu disse que nunca agiu em apoio ao crime organizado.
Anteriormente, o comandante da Polícia de Kwazulu-Natal, Nhlanhla Mkwanazi, revelou que os registos encontrados no telefone de um dos supostos mandantes, de nome Brown Mogotsi, mostram que o ministro Mchunu está profundamente ligado com o crime organizado.
Por outro lado, Mchunu negou ter participado num jantar, na cidade do Cabo, supostamente patrocinado por Mogotsi:
“Agora estou a dizer, aqui nesta sala, que não há nenhum cartel de drogas ao qual eu esteja ligado. Não há nenhum. E nunca apoiei, directa ou indirectamente, qualquer cartel de drogas na África do Sul. Isso nunca aconteceu. Nunca fiz nenhum pedido ao Brown Mogotsi para organizar um jantar para mim, em qualquer lugar da República da África do Sul, não apenas na Cidade do Cabo. O que teria acontecido, foi por conta e risco dele, não foi necessariamente um pedido meu. Eu nunca pedi nada. Eu nunca soube que isso estava a ser feito em meu nome. Eu nunca soube disso. E eu nem estava na Cidade do Cabo naquela época”, disse.
O ora suspenso Ministro da Polícia garantiu ao Parlamento que a sua decisão de dissolver a equipa de investigação de assassinatos políticos foi legal e foi tomada no âmbito das competências que a lei lhe confere.
Disse também que informou o Presidente Cyril Ramaphosa sobre a intenção de dissolver a equipa de investigação e que o Presidente concordou.
Mchunu justificou que dissolveu a equipa porque já tinha feito o seu trabalho e para poupar recursos financeiros.
O Comandante da Polícia de Kwazulu-Natal, por sua vez, disse que o Ministro dissolveu a equipa de investigação para proteger o crime organizado. (RM Johannesburg)
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