PR guineense anuncia investigação a "tentativa de golpe de Estado"

Publicado: 01/11/2025, 9:20
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O Presidente da Guiné-Bissau disse, esta sexta-feira, que está em curso uma investigação a uma alegada "tentativa de golpe de Estado para impedir a realização das eleições" de 23 de Novembro, assegurando que "tudo está sob controlo"

Em declarações à Jeune Afrique, Umaro Sissoco Embaló disse que a "tentativa de golpe de Estado" foi frustrada e que "tudo está sob controlo".

O Estado-Maior General das Forças Armadas guineense denunciou, esta sexta-feira, uma alegada tentativa de golpe de Estado que envolve "vários oficiais", entre os quais o general Daba Na Walna, chefe da escola militar de Cumeré, no norte do país.

De acordo com o vice-chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas guineenses, general Mamadu "Nkrumah" Turé, o general Na Walna, antigo presidente do Tribunal Superior Militar, encontra-se detido, desde quarta-feira à noite, "devido ao seu envolvimento no golpe".
Falando em conferência de imprensa no Quartel-General em Bissau, transmitida em directo nas redes sociais, o general Turé apresentou alegados factos que, segundo disse, confirmam o envolvimento de Daba Na Walna na tentativa de golpe.

"Esta acção visava interromper o processo eleitoral", declarou Turé, sem especificar o número de oficiais detidos nem as acções preparadas por estes militares. Vários outros oficiais estão a fugir, garantiu.

Contactado pela Jeune Afrique ao meio da tarde desta sexta-feira, o Presidente guineense afirmou que se tratava de uma "tentativa de golpe de Estado para impedir a realização das eleições".
"A investigação está em curso. Está tudo sob controlo", disse Sissoco Embaló àquele órgão de comunicação social.

A campanha para as eleições presidenciais e legislativas de 23 de Novembro na Guiné-Bissau deve começar sábado, e durar três semanas, com a ausência inédita do partido histórico que conduziu à independência, o PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde), e do seu candidato à presidenciais, Domingos Simões Pereira, principal opositor do actual Presidente.
"Nunca permitiremos que ninguém perturbe o processo eleitoral. Se houver civis envolvidos, também os prenderemos", disse ainda o general Turé, citado pela Jeune Afrique.

Numa outra comunicação, transmitida nas redes sociais, o general Fernando da Silva, chefe da divisão de quadros e pessoal das Forças Armadas guineenses, leu um comunicado, em português, no qual denunciou "mais uma tentativa de subversão da ordem constitucional" na Guiné-Bissau "que se prepara para a realização de eleições gerais, que terão lugar no dia 23 de Novembro".

"Este triste episódio que conta com o envolvimento de alguns generais e oficiais superiores das nossas Forças Armadas põe em causa a paz e estabilidade tão almejadas para o desenvolvimento socioeconómico e atracção de investimentos externos", referiu o general Fernando da Silva.
Desde a sua independência de Portugal, a Guiné-Bissau sofreu quatro golpes de Estado, 17 tentativas de golpe e uma série de mudanças de Governo. (RM/ NMinuto)

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