O advogado, activista e investigador na área de combate ao tráfico de pessoas e órgãos humanos, Inácio Mussanhane, diz que a decisão do Tribunal Superior de Joanesburgo, de condenar a duas penas de prisão perpétua o moçambicano envolvido no estupro e assassinato de uma menor de seis anos, visa desencorajar a prática deste tipo de crimes hediondos.
Trata-se de Phethe Simião, considerado culpado, num caso que chocou a sociedade sul-africana e que remonta a Outubro do ano passado, quando ele sequestrou, violou e assassinou friamente uma menor de seis anos de idade, no Soweto.
Esta segunda-feira, o Tribunal referiu que a sociedade está farta da saga de violência contra mulheres e crianças, para justificar a sentença de duas prisões perpétuas, por estupro e assassinato da menor; uma pena de dois anos de prisão por sequestro e outros dois anos por violar a Lei de Imigração.
O Tribunal esclareceu que todas as penas devem ser cumpridas em simultâneo.
O advogado, activista e investigador, Inácio Mussanhane, explicou o alcance da sentença proferida pelo Tribunal Superior de Joanesburgo contra o compatriota Phethe Simião.
Há mais de dez anos, Inácio Mussanhane denunciou às autoridades sul-africanas um caso de tráfico e exploração sexual de pessoas, envolvendo uma moçambicana que viria a ser condenada a pena de prisão perpétua.
Dados da polícia sul-africana apontam que somente no primeiro trimestre deste ano foram registados mais de 13 mil casos de crimes sexuais, incluindo 10 mil e 700 casos de estupro.
Gauteng, Kwazulu-Natal e Cabo Ocidental são as províncias que apresentam mais casos de crimes sexuais. (RM Johannesburg)
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