ACNUR recalcula e reduz número de refugiados para 4,71 milhões

Publicado: 03/06/2022, 15:56
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O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) modificou, esta sexta-feira, o método de contabilização dos refugiados ucranianos na Europa, calculando agora que haja 4,71 milhões de pessoas fugidas da Ucrânia, mantendo-se a Polónia como principal país anfitrião.

Até agora, o ACNUR calculava o número de refugiados com base no número de pessoas que cruzavam a fronteira da Ucrânia para países vizinhos (actualmente 6,9 ??milhões), mas muitos desses ucranianos já regressaram ao seu país (foram observados 2,3 milhões de movimentos de regresso pelas mesmas vias).

Dos 4,7 milhões de pessoas que fugiram da guerra na Ucrânia para outros países da Europa, 1,14 milhões estão na Polónia, 1,04 milhões na Rússia, 780.000 na Alemanha, 361.000 na República Checa, 125.000 na Itália e 109.000 em Espanha, sendo estes os principais países de acolhimento dos refugiados daquele país.

Outros países que nas primeiras semanas da guerra receberam centenas de milhares de refugiados foram, na verdade, locais de trânsito e actualmente acolhem números menores do que os países mencionados: 87.000 refugiados na Moldova, 84.000 na Roménia, 78.000 na Eslováquia, 23.000 na Hungria e 8.000 na Bielorrússia.

O ACNUR indica ainda que 2,92 milhões de refugiados ucranianos beneficiam de algum tipo de mecanismo de proteção especial nos países de acolhimento, incluindo todos os que estão na Polónia, praticamente todos os que estão em Espanha e na República Checa, cerca de quatro quintos dos que estão na Itália e pouco menos de metade dos que vivem agora na Alemanha.

Apesar desta redução do número global de refugiados desencadeada pela nova contabilização, esta crise continua a ser a mais grave na Europa desde o final da Segunda Guerra Mundial, em 1945.

A Rússia lançou, na madrugada de 24 de Fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia que causou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas das suas casas, incluindo mais de oito milhões de deslocados internos.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os sectores, da banca ao desporto.

A ONU confirmou a morte de mais de 4.100 civis e de quase 5.000 feridos na guerra, que esta sexta-feira assinala o seu 100.º dia, com a organização a admitir, no entanto, que estes números ficam aquém da realidade.

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