
A África do Sul anunciou o início de ensaios clínicos para a produção da primeira vacina oral contra a cólera.
Em mais de cinco décadas, está será a primeira vacina a ser totalmente fabricada na África do Sul, no que já é descrito como sendo um marco histórico para a ciência africana.
O projecto da futura vacina é uma criação da Biovac, uma empresa biofarmacêutica sul-africana que desenvolve e fabrica vacinas, em parceria com o Conselho de Pesquisa Médica da África do Sul.
O projecto foi apresentado publicamente, esta terça-feira, no Hospital Chris Hani Baragwanath, em Soweto.
O ministro sul-africano da Saúde, Aron Motsoaledi, sublinhou que o inicio dos ensaios clínicos está alinhado com a visão do governo de Pretória de garantir a segurança sanitária e o acesso universal a medicamentos essenciais.
Disse ainda que é uma oportunidade significativa para a África do Sul reduzir a dependência de produtos farmacêuticos internacionais.
Já a Vice-Ministra sul-africana da Ciência, Tecnologia e Inovação, Nomalungelo Gina, afirmou que o governo está comprometido em promover a produção local, facilitar a transferência de tecnologia e comercializar as descobertas científicas.
Acrescentou que esses esforços são essenciais não apenas para a saúde pública, mas também para a criação de novos postos de emprego, o desenvolvimento de habilidades e o crescimento industrial.
Dependendo dos resultados dos testes, a vacina contra a cólera produzida na terra do rand poderá ser aprovada e estar pronta para uso na continente africano em 2028 e globalmente, no ano seguinte.
Actualmente, menos de um por cento das vacinas do mundo são produzidas em África, embora seja o continente onde as doenças infecciosas são a principal causa de morte, especialmente em crianças menores de cinco anos.
Poucos países africanos possuem instalações adequadas para produção de vacinas, sendo a África do Sul e o Senegal os únicos com capacidade para produzi-las, do início ao fim.
A cólera é um dos cinco maiores surtos que afectam o continente africano, sendo que somente este ano causou cerca de sete mil mortes em quase trezentos mil casos suspeitos. (RM Johannesburg)



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