O Governo sul-africano pede às famílias de combatentes da liberdade, que morreram no exílio, para que apresentem informações que possam ajudar a identificar os locais onde foram sepultados.
O Ministro sul-africano dos Desportos, Artes e Cultura, Gayton Mackenzie, explicou que o objectivo é transladar os restos mortais desses combatentes, para que possam ser sepultados com dignidade em solo sul-africano.
Esta segunda-feira, Mackenzie anunciou dois grandes projectos: o início da segunda fase do projecto de repatriamento dos restos mortais de ex-combatentes e activistas anti-apartheid, que perderam a vida pelo mundo fora.
Na verdade, milhares de sul-africanos se exilaram durante a luta de libertação, e muitos morreram em terras estrangeiras, tendo sido enterrados sem o conhecimento das famílias.
O Ministro revelou que, nos próximos dias, o governo vai enviar delegações a vários países africanos, incluindo Angola, Zimbabwe, Lesoto e Zâmbia para iniciarem o processo de localização e inspecção dos túmulos daqueles que tombaram durante a luta de libertação da África do Sul.
Igualmente, Mackenzie falou do projecto de enterros condignos para cinquenta e oito ancestrais da comunidade Khoisan:
“O Presidente Ramaphosa deixou bem claro que precisamos de trazer de volta os nossos heróis. Estes para nós não são apenas projectos. São actos de lembrança, justiça e cura. Eles reafirmam o compromisso do nosso governo em restaurar a dignidade, promover a restauração cultural e confrontar o doloroso legado do apartheid. Esta iniciativa é sobre a reumanização, abarcam o campo espiritual, mas o mais importante é que é necessária”, disse.
O Ministro acrescentou que em 2021, o governo aprovou a Política Nacional para a Repatriação e Restituição de Restos Mortais Humanos e Objectos Patrimoniais, tendo em vista homenagear aqueles que sofreram na busca de justiça e liberdade, sanar as divisões do passado e contribuir para os objectivos mais amplos de coesão social e construção da nação sul-africana. (RM Johannesburg)
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