27 de Junho de 2025
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A Aliança Democrática deu 48 horas ao Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, para remover, do Governo de Unidade Nacional, Ministros supostamente acusados de irregularidades.
Este posicionamento terá sido tomado pelo Conselho Federal da Aliança Democrática após Cyril Ramaphosa ter exonerado, esta quinta-feira, o vice-ministro do Comércio, Indústria e Concorrência, Andrew Whitfield.
A presidência sul-africana não deu explicações sobre as razões desta destituição, limitando-se a dizer que Ramaphosa o fez no uso das competências que a Constituição lhe confere.
Nos bastidores especula-se que Andrew Whitfield tenha sido sacrificado, alegadamente, por ter feito uma viagem não autorizada aos Estados Unidos da América.
O líder da Aliança Democrática, John Steenhuiusen, disse que Whitfield foi demitido por fazer questionamentos incômodos, sobre supostos escândalos no Ministério do Comércio, Indústria e Concorrência.
Ele critica Cyril Ramaphosa por supostamente fazer uso do ditado “dois pesos, duas medidas”:
“Por isso, demos ao Presidente 48 horas para agir de maneira semelhante contra os outros membros de seu partido que são culpados ou enfrentam acusações graves ou que são mencionadas no relatório da Comissão de inquérito Zondo, para garantir que sejam responsabilizados. Se o presidente quiser limpar o governo, gostaríamos de sugerir que ele comece por varrer a própria porta do ANC antes de limpar a porta da Aliança Democratica. Há tantos outros Ministros e Vice-Ministros que estão no governo e são pessoas que foram implicadas na Comissão de Inquérito de Zondo. São pessoas que são acusadas de fraude grave e que se beneficiaram do saque ao banco VBS. Como é que todas essas pessoas mantêm os seus postos, mas Andrew Whitfield perde o dele?”, questionou.
De referir que o porta-voz da presidência, Vincent Magwenya, deixou claro que Ramaphosa não pretende, nos próximos tempos, fazer mexidas no governo de unidade nacional. (RM Johannesburg)
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