"Ameaças terroristas". Aliados pedem a afegãos que saiam do aeroporto

Publicado: 26/08/2021, 7:29
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Estados Unidos, Reino Unido e Austrália apelaram aos cidadãos para saírem do aeroporto de Cabul devido a "ameaças terroristas", quando milhares de pessoas continuam a chegar ao aeroporto para tentar fugir do país.

Os três países emitiram avisos simultâneos, muito específicos e quase idênticos, esta quarta-feira à noite.
As pessoas que se encontram no aeroporto sobretudo "nas entradas leste e norte devem sair imediatamente", disse o Departamento de Estado norte-americano, citando "ameaças à segurança".
A diplomacia australiana alertou para uma "ameaça muito elevada de ataque terrorista", enquanto Londres emitiu um aviso semelhante.
"Se estiver na área do aeroporto, deixe-o para um lugar seguro e aguarde instruções adicionais. Se for capaz de sair do Afeganistão em segurança por outros meios, faça-o imediatamente", indicou o Governo britânico.
Estes avisos surgiram depois de o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, ter dito que os rebeldes talibãs se tinham comprometido a deixar partir cidadãos dos Estados Unidos e afegãos em risco e ainda no país após 31 de Agosto.
"Os talibãs comprometeram-se publicamente e em privado a proporcionar e permitir a passagem segura de americanos, outros estrangeiros e afegãos em situação de risco no futuro, após 31 de Agosto", afirmou o responsável, sem especificar como será organizada qualquer saída, uma vez que as forças norte-americanas deverão deixar o país até ao final do mês, prazo confirmado na terça-feira pelo Presidente dos EUA, Joe Biden.
Também a Alemanha disse, esta quarta-feira, ter recebido garantias dos talibãs de que os afegãos podiam deixar o país em voos comerciais, após a retirada final das tropas norte-americanas naquela data.
O chefe adjunto do gabinete político dos talibãs no Qatar, Sher Abbas Stanekzai, "garantiu que os afegãos com documentos válidos continuarão a poder viajar em voos comerciais após 31 de Agosto", escreveu, na rede social Twitter, Markus Potzel, um diplomata alemão que está a negociar com fundamentalistas islâmicos afegãos, no final de uma reunião no emirado.
A Bélgica anunciou que a retirada de cidadãos e afegãos, sob protecção belga, terminou esta quarta-feira à noite, e a França avisou que o transporte aéreo iria terminar na mesma altura.
Na terça-feira, numa cimeira virtual com outros líderes do G7, Biden excluiu o alargamento da presença militar norte-americana em Cabul além de 31 de Agosto, citando um "sério e crescente risco de ataque" do grupo extremista Estado Islâmico (EI) ao aeroporto.
Os talibãs conquistaram Cabul em 15 de Agosto, concluindo uma ofensiva iniciada em Maio, quando começou a retirada das forças militares norte-americanas e da NATO.
As forças internacionais estavam no país desde 2001, no âmbito da ofensiva liderada pelos Estados Unidos contra o regime extremista (1996-2001), que acolhia no território o líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, principal responsável pelos atentados terroristas de 11 de Setembro de 2001.
A tomada da capital pôs fim a uma presença militar estrangeira de 20 anos no Afeganistão, dos Estados Unidos e aliados na NATO, incluindo Portugal. (RM /NMInuto)

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