A antiga administradora do Banco de Moçambique, Joana Matsombe, diz estar arrependida de ter autorizado a contratação do financiamento externo para a Empresa Ematum, que deu lugar ao caso das dívidas não declaradas.
Falando, esta sexta-feira, como declarante no julgamento do caso das Dívidas não declaradas, Joana Matsombe afirmou que tomou tal decisão, por conta da ausência do governador e do Vice-Governador do Banco de Moçambique.
Afirma que à data dos factos, estava convencida de que o Projecto da Ematum, tinha mesmo a ver com questões ligadas a segurança do estado.
A declarante Joana Matsombe adiantou que no dia que assinou o expediente com garantias do estado, não tinha como tomar uma decisão diferente, por quanto estava a agir como servidora pública.
Aliás, a declarante diz ter sofrido pressões externas para assinar este expediente, que não seguiu os trâmites legais.
Foram ao todo 850 milhões de dólares que a Ematum contraiu com garantias do estado.
A declarante Joana Matsombe asseverou na ocasião, que o expediente da Ematum não devia ter entrado no Banco de Moçambique, tendo em conta as limitações impostas pela lei cambial.
Ainda esta sexta-feira o Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, ouviu a declarante Telma Bernadete Gonçalves, funcionária reformada do Banco de Moçambique.
Na sua audição a Declarante explicou que os expedientes da ProÍndicus e da Ematum, não seguiram os trâmites legais.
Telma Gonçalves é a vigésima quinta declarante ouvida pela Sexta-Secção do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo numa altura em que o Julgamento do caso das dívidas não declaradas, completou já 48 dias das audições. ( RM)
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