Caso Dívidas Não Declaradas: Prossegue audição do réu Ndambi Guebuza

Publicado: 31/08/2021, 7:11
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Prossegue, hoje, a audição do réu Armando Ndambi Guebuza, no julgamento do caso Dívidas Não Declaradas, que decorre na cadeia de Máxima Segurança, na Matola, província de Maputo.

Ontem, Armando Ndambi Guebuza recusou ter recebido 33 milhões de dólares da Privinvest, no âmbito da implementação do projecto de protecção da Zona Económica Exclusiva de Moçambique.
Os 33 milhões de dólares que o réu recusa ter recebido, são parte dos 50 milhões que segundo o Ministério Público, correspondem ao valor de sobrefacturação na implementação do projecto da ProÍndicus.
Para além de rejeitar ter recebido os 33 milhões de solares, o réu Ndambi Guebuza, negou ter feito parte da elaboração do projecto que veio a lesar o estado moçambicano em cerca de 2.2 mil milhões de dólares.
O Projecto de protecção da Costa Moçambicana estava avaliado inicialmente, em cerca de 360 Milhões de dólares, sendo que ainda não ficou claro como é que chegou aos 622 milhões de dólares.
Na audição feita na semana finda o réu Teófilo Nhangumele, confirmou em sede do tribunal, que os 50 milhões de dólares da Privinvest, foram distribuídos por três, sendo que ele ficou com 8.5 milhões de dólares, igual valor de Bruno Langa e Armando Ndambi Guebuza ficou com 33 milhões de dólares.
O juiz da Causa, Efigénio Baptista, confrontou o réu Armando Ndambi Guebuza com estas informações, que negou igualmente qualquer tipo de relação com o réu Teófilo Nhangumele.
Na sequência o Juiz Efigénio Baptista, questionou a respeito dos cerca de 14 milhões de dólares, comprovados de terem entrado na conta do arguido em Marco de 2013, através da sua assinatura.
O réu Ndambi Guebuza recusou mais uma vez ter recebido esse dinheiro, alegando que a assinatura foi falsificada.
Relativamente as viagens feitas para Alemanha e Abu Dhabi, Ndambi Guebuza disse ter viajado apenas com o amigo Bruno Langa, e que não conhecia Teófilo Nhangumele nem António Carlos do Rosário.
O Arguido confirma que esteve em Abu Dhabi, nos escritórios da Privinvest em busca de oportunidades de negócio mas não na Companhia de Teófilo Nhangumele nem de António Carlos do Rosário.
Afirmou que as viagens feitas para Alemanha e Abu Dhabi, foram custeadas pela Privinvest, no âmbito dos seus interesses.
Nas suas declarações Armando Ndambi Guebuza, admitiu ter usado documentos falsos, que segundo ele, foram elaborados pela Privinvest, para lhe facilitar a aquisição do visto de residência em Abu Dhabi.
Em face das recusas do arguido Ndambi Guebuza de ter recebido os 33 milhões de dólares da Privinvest, o juiz Efigénio Baptista confrontou o réu, com alguns documentos que comprovam ter recebido valores da companhia através de algumas empresas na África do Sul.
Sobre esta questão o réu Armando Ndambi Guebuza, recusou-se de prestar qualquer declaração ao tribunal.
Mesmo assim, o Juiz falou da alguma aplicação que o Arguido fez do dinheiro em causa
O primeiro dia da Audição do réu Armando Ndambi Guebuza, foi marcado pela presença do Pai, Armando Emílio Guebuza, Antigo Presidente da República.
Armando Ndambi Guebuza é acusado pelo Ministério Publico, de crimes de chantagem, falsificação de documentos, uso de documento falso, abuso de confiança, corrupção passiva para acto ilícito, associação para delinquir e branqueamento de capitais. ( RM)

 

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