Especialistas em resgate e voluntários da comunidade comprometeram-se a ajudar no processo de retirada de centenas de mineiros ilegais, incluindo moçambicanos, que continuam encurralados numa mina abandonada em Stilfontein, na província sul-africana de North West.
O Ministro sul-africano da Polícia, Senzo Mchunu, alertou, esta sexta-feira, que apesar de o governo concordar com a retirada dos mineiros que estão no subsolo, continua empenhado em não permitir actividades ilegais nas minas abandonadas.
Familiares dos mineiros ilegais e várias organizações, incluindo a de defesa dos direitos humanos, pressionaram o governo para permitir o fornecimento de alimentos aos ilegais presos na mina.
É que desde Agosto passado, por falta de comida e água, cerca de mil e duzentos mineiros ilegais foram detidos, depois de forçados a abandonar a mina. Há relatos de que outros mais de quatro mil continuam presos na mina.
Estima-se que cerca de setecentos mineiros ilegais, sob custodia policial, sejam moçambicanos. Outros são do Lesotho, Zimbabwe e da própria África do Sul.
O Cônsul geral de Moçambique em Joanesburgo, Guilherme Tamele, considera que os contornos da mineração ilegal configuram a actuação do crime organizado.
A mineração ilegal é registada em pelos menos sete províncias sul-africanas, nas antigas áreas onde houve mineração de ouro.
Os locais de mineração ilegal são tidos como perigosos, por apresentar riscos de desabamentos, inundações e exposição a substâncias perigosas.
A mineração ilícita geralmente se cruza com o crime organizado, ao alimentar actividades como o tráfico de drogas, tráfico de pessoas e lavagem de dinheiro. (RM)
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