Chefes de Estado e de Governo adoptam declaração conjunta no G20

Os líderes mundiais presentes na África do Sul adoptaram, por unanimidade, a declaração da cimeira do G20, o fórum das maiores economias do mundo, incluído a União Africana e a União Europeia.

Contrariamente ao que tem sido habitual, a adopção da declaração da cimeira do G20 aconteceu no arranque dos trabalhos, que terminam este domingo, na cidade sul-africana de Joanesburgo.

Os Estados Undios da América, que não estão nos debates, tentaram, em vão, inviabilizar a aceitação da declaração final do encontro, que acontece, pela primeira vez, no continente africano.

O Presidente sul-africano e do G20, Cyril Ramaphosa, disse que a decisão consensual dos líderes é uma vitória do multilateralismo:

“A adopção da declaração da cúpula envia um sinal importante ao mundo de que o multilateralismo pode e consegue alcançar resultados. Envia uma mensagem de esperança e solidariedade. Diz ao mundo que, como líderes do G20, manteremos firme nosso compromisso solene de não deixar nenhuma pessoa, nenhuma comunidade e nenhum país para trás”, disse.

A Declaração de Joanesburgo centra-se no reforço da resiliência e da resposta a desastres naturais, bem como na exploração de minerais críticos para o crescimento inclusivo e o desenvolvimento sustentável.

Os líderes do G20 comprometem-se a proteger melhor o fornecimento de minerais estratégicos, essenciais para a transição energética, das perturbações geopolíticas e comerciais.

A declaração afirma ainda que o G20 vai se guiar pelos propósitos e princípios da Carta da ONU, para trabalhar por uma paz justa, abrangente e duradoura no Sudão, na República Democrática do Congo, nos territórios palestinianos ocupados e na Ucrânia.

Igualmente, as maiores economias do mundo pretendem colocar fim a outros conflitos e guerras em todo o mundo.

As expectativas agora giram em torno da cerimoónia de transferência do testemunho da presidência do G20, agendada para este domingo, já que os Estados Unidos não estão representados ao mais alto nível e Cyril Ramaphosa recusa fazer a entrega ao encarregado de negócios da embaixada americana. (RM Johannesburg)