Chegou o momento de o mundo ser solidário com o povo libanês, alerta ONU

Publicado: 20/08/2020, 14:30
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O Alto-Comissário da ONU para os Refugiados defendeu esta quinta-feira que chegou o momento de a comunidade internacional ser solidária com o povo libanês, oferecendo assistência a um país que tem acolhido milhares de refugiados nas últimas décadas.

O italiano Filippo Grandi, que se encontra na capital do Líbano, Beirute, onde iniciou na terça-feira uma visita de quatro dias, afirmou igualmente que o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR), na qualidade de agência humanitária, está a colocar à disposição do povo libanês toda a sua capacidade e experiência e que está pronto para ajudar o país como parte integrante de uma resposta internacional mais ampla.

O Líbano tem sido confrontado com múltiplas crises, incluindo uma corrupção generalizada, divisões políticas e graves dificuldades económicas.

Na opinião de Filippo Grandi, a comunidade internacional deve encontrar uma estratégia de intervenção a longo prazo para prestar assistência ao país.

"Tudo isto implica um pacote [de medidas] maior do que o pacote humanitário, e esse pacote precisa de ser tratado pela comunidade internacional", defendeu o Alto-Comissário da ONU para os Refugiados numa entrevista à agência norte-americana Associated Press (AP), hoje divulgada.

Esta é a primeira deslocação oficial do Alto-Comissário desde Março, altura em que foram impostas fortes medidas restritivas na Europa por causa da actual pandemia do novo coronavírus.

A visita acontece cerca de duas semanas depois das explosões de 04 de agosto ocorridas no porto de Beirute, que mataram pelo menos 180 pessoas e feriu mais de 6.000, bem como destruíram uma vasta área da capital libanesa.

Quase 300 mil pessoas ficaram com as respectivas casas destruídas ou danificadas na sequência das explosões, já consideradas como o incidente mais destrutivo da história do Líbano, deixando prejuízos que podem ultrapassar os 15 mil milhões de dólares.

Pelo menos 30 pessoas ainda estão dadas como desaparecidas após as explosões.

Entre as vítimas mortais das explosões constam 43 sírios, um reflexo da realidade deste país que é um dos anfitriões internacionais do maior número de refugiados 'per capita'.

De acordo com Filippo Grandi, alguns refugiados figuram na lista das pessoas que ainda estão desaparecidas.

Os dados oficiais referem que mais de um milhão de refugiados sírios, que fugiram de um conflito iniciado em 2011, estão no Líbano.

Grandi, que visitou o local das explosões na quarta-feira, também afirmou estar muito preocupado com o impacto do agravamento da crise económica no Líbano sobre os refugiados sírios, bem como de outras origens, que procuraram refúgio naquele país.

"Chegou também o momento de mostrar aos libaneses que quando estão numa hora de necessidade a comunidade internacional responde", concluiu.

O país também está a enfrentar um aumento de novos casos de infecção pelo novo coronavírus. A situação é particularmente grave, uma vez que as explosões de 04 de agosto provocaram sérios danos em vários hospitais de Beirute, incluindo em duas unidades hospitalares que tratavam de doentes com covid-19. (RM-NM)

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