O antigo presidente moçambicano, Joaquim Chissano, defende que uma liderança ética é um elemento vital para um futuro brilhante do continente africano.
Para Chissano, a liderança ética envolve conduta moralmente correta, capacidade de construir consensos, inspirar e orientar a juventude africana.
Acrescentou que este tipo de liderança mostra um comprometimento com os princípios fundamentais como a justiça, equidade e transparência.
O antigo estadista moçambicano disse que África enfrenta desafios múltiplos, complexos e interconectados, que incluem crises económicas, politicas, sociais e ambientais que prejudicam o desenvolvimento do continente.
Por isso, para Chissano, é essencial fortalecer os programas de treinamento de liderança em todos os sectores da vida política, económica e social em África e também recompensar os líderes que se destacam como bons exemplos na gestão destas crises e na promoção do desenvolvimento
Chissano falava na noite desta quinta-feira, em Joanesburgo, na gala de premiação da Fundacão BPI, uma organização que reconhece a excelência e liderança tendo em vista o desenvolvimento de África.
“Deve ser ressaltado que a liderança, para ser eficaz e transformadora, deve ser ética. Um líder ético é honesto. É um homem ou uma mulher de integridade. É alguém que lidera pelo exemplo. Alguém que é um bom ouvinte, nutre o debate, se sente confortável com a diversidade de opiniões e aprecia críticas. A liderança ética é fundamental e transcende a integridade pessoal. Este é um tipo de liderança que mostra um comprometimento com princípios fundamentais como justiça, equidade e transparência. Este tipo de liderança é crítico em um momento em que nosso continente está sendo mal falado por causa da corrupção endêmica em instituições públicas”, disse.
A reflexão de Joaquim Chissano em torno do tema "A África não pode mais se dar ao luxo de atrasar o fomento da liderança ética em todos os principais sectores da sociedade".
Na qualidade de convidado de honra, Chissano entregou um prémio a Zanele Mbeki, esposa do antigo presidente sul-africano Thabo Mbeki.
Ela foi galardoada por ser exemplo de liderança e ter contribuído para a participação de várias mulheres no desenvolvimento da África do Sul.
A lista de premiados em liderança e excelência inclui Josina Machel, filha de Samora Machel e fundadora do Movimento Kuhlula. (RM Johannesburg)
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