Cólera. Malawi declara fim da emergência nacional de saúde pública

Governo do Malawi controla a cólera em 26 dos 29 distritos do país e declara o fim da emergência nacional de saúde pública.

A declaração foi feita pelo grupo de trabalho liderado pela Força-tarefa presidencial da covid-19 e cólera, depois de analisada a tendência da doença que continua a mostrar um declínio em novos casos e mortes nos últimos três meses.

Actualmente, apenas os distritos de Chikwawa, Mangochi e Blantyre estão a relatar intermitentemente menos de cinco casos por dia.

Com esta redução, segundo a ministra da saúde do Malawi, Khumbize Kandodo Chiponda que também é a presidente da Força-Tarefa da covid- 19 e cólera, o país foi reavaliado do nível 3 para 1 de acordo com os padrões estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde.

Por este facto, o ministério da saúde deixa automaticamente de actualizar os casos diários, sendo que o mesmo será feito semanalmente.

Foi há 05 de Dezembro do ano passado, que o presidente Lazarus Chakwera declarou a cólera como uma emergência de saúde pública, após a situação ter atingido níveis alarmantes.

O surto que eclodiu em Março do ano passado, causou 1.768 óbitos dos 58.979 casos cumulativos.

O porta-voz do ministério da Saúde, Adrian Chikumbe, disse que o país continua a trabalhar com Moçambique e a Zâmbia para a implementação de esforços conjuntos com vista a controlar a doença em definitivo.

Segundo a OMS, a região africana continua a ser a mais afectada pela cólera, com 14 países relatando casos da doença desde o início deste ano.

A Organização Mundial da Saúde, indica no seu relatório que, em caso de ressurgimento do surto, o Malawi pode ser duramente atingido pois a capacidade geral de responder aos surtos múltiplos e simultâneos continua sobrecarregada, devido à falta global de recursos, incluindo escassez da vacina oral contra o cólera e medicamentos.

O relatório indica que, Burundi, Malawi, Moçambique e África do Sul estabilizaram-se nas últimas semanas e para fortalecer estes avanços, nove especialistas foram enviados para estes países, incluindo Quénia e Haiti para apoiar a resposta à cólera, para as funções de operações de saúde, gestão de casos, antropologia social e epidemiologia. (RM Blantyre)