Conflito de terra na linha de fronteira entre o distrito de Mangochi no Malawi e Chimbunila na província do Niassa, em Moçambique, poderá exigir soluções diplomáticas.
A situação, prende-se com o facto de, a população de Macanjira no distrito de Mangochi no Malawi, estar a usurpar terras moçambicanas na localidade de Chala, posto administrativo de Lione no distrito de Chimbunila, no Niassa, para o desenvolvimento de agricultura.
Revoltados com a prática, à calda da noite, os moçambicanos dirigiram-se às machambas dos malawianos, onde destruíram milho em fase de maturação.
Os campos tinham sido ocupados pela população dos povoados de Madi e Lukono no Malawi.
Na tentativa de reivindicar a destruição das suas machambas, a população malawiana das referidas zonas, dirigiu-se à localidade de Chala em Niassa para exigir explicações, mas com a pronta intervenção da polícia, os ânimos foram controlados.
A usurpação de terras moçambicanas pelos malawianos., é estimulada pela remoção de marcos, segundo as autoridades de Chimbunila, que consideram que tal prática viola os acordos de reafirmação da fronteira existente entre os dois países.
Esta, não é a primeira vez que Moçambique e Malawi entram em conflitos de terra.
O exercício de reafirmação de fronteira entre os dois países, era a solução definitiva para pôr termo ao conflito de terras, mas o mesmo foi abandonado no ano 2012.
A representação diplomática moçambicana no Malawi, reuniu-se com as autoridades de Mangochi no Malawi e de Chimbunila no Niassa para a busca de soluções urgentes, enquanto se aguarda pela chegada de uma equipa multissectorial de peritos para a resolução do caso.
A fronteira comum entre Moçambique e Malawi é de 1.400 quilómetros, dos quais 888 são de terra firme, 322 de divisória lacustre e 190 de fronteira fluvial. (RM Blantyre)
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