“Contratação de médicos estrangeiros vem complementar trabalho dos profissionais nacionais ”- PR

O Presidente da República, Filipe Nyusi, esclarece que a contratação de médicos estrangeiros vem complementar o trabalho dos profissionais de saúde nacionais em várias áreas de especialidade ora em falta no país.

 Filipe Nyusi teceu estas considerações, esta quarta-feira, no Palácio da Ponta Vermelha, na cerimónia de recepção oficial aos titulares dos órgãos de soberania e de mais dirigentes do Estado.

 Na ocasião, o Chefe de Estado exortou aos médicos que ainda observam a greve para voltarem os seus postos de trabalho.

“Os médicos estrangeiros não vêm substituir os moçambicanos, não desinformem os moçambicanos que precisam dos médicos estrangeiros. O médico estrangeiro vem exactamente para complementar o trabalho. Nós estamos com problemas de médicos na província de Cabo delgado, no Hospital Central há problema, há especialidades que não temos em Moçambique; por exemplo, a genética médica, todo o país só tem dois médicos especialistas e estão aqui no Hospital Central. Onde é que vamos arranjar médicos para ir pôr lá em Xai-Xai, para deixar em Chimoio ? A  questão da cirurgia cardíaca, todo o país só tem três e estão aqui em Maputo e lá na cidade da Beira ? E lá no grande Hospital de Quelimane que temos ? Estamos a intensificar a formação, dentro do país e fora. Portanto, não desinformem os moçambicanos que precisam desses médicos para poderem tratar e cuidar da saúde dos moçambicanos. Vamos continuar a robustecer o Sistema de Saúde enquanto aumentamos o fluxo de formação especializada. Aos meus irmãos médicos, em greve, maioritariamente jovens, o nosso conselho é voltar aos postos de trabalho e explorar a vossa capacidade de rápida compreensão dos fenómenos. O médico tem muita flexibilidade para continuar a dialogar sobre a matéria com diferentes sensibilidades. A população está a vossa espera, precisa-vos e nós estamos abertos para tudo”, disse o Chefe de Estado, falando na cerimónia de recepção oficial aos titulares dos órgãos de soberania e de mais dirigentes do Estado. (RM)