Desencadeado pelo Apartheid: Ataque à Matola foi há 43 anos

Passam, hoje, 43 anos, em que os residentes da Matola despertavam aos prantos, devido às armas que troavam de quase todas as latitudes, materializando um ataque terrorista boer, que tinha como alvos residências de refugiados do Congresso Nacional Africano (ANC).
Esta acção bárbara de um comando do regime minoritário da África do Sul, que através do sistema segregacionista do “Apartheid” oprimia o povo sul-africano, tinha como alvo principal os militantes do ANC, que se encontravam refugiados em Moçambique.
Relatos indicam que no ataque de 30 de Janeiro de 1981
os mercenários boers, entraram disfarçados com uniforme das tropas governamentais e estavam pintados com tinta preta.
Foi uma madrugada que nunca se apagará na memória dos residentes da Matola, sacudidos por estrondos de armas pesadas e de forma repentina, sofrendo o duro golpe de não poderem proteger os seus abrigados.
No ataque, 17 cidadãos nacionais e estrangeiros perderam a vida, ao arrepio das normas mais elementares dos direitos humanos ao nível global, cuja história pode ser conhecida no Monumento e Centro de Interpretação da Matola, erguido um monumento num dos locais onde se registou o bombardeamento.
Quarenta e três anos depois desta acção macabra, testemunhas recordam a data com muita angústia à acção levada a cabo pelo regime do Apartheid.
O Monumento e Centro de Interpretação da Matola é visitado maioritariamente por estudantes que pretendem compreender o sentido da história do Apartheid e as relações de solidariedade entre Moçambique e África do sul.
Dentro do museu, onde estão representados os 17 mortos no ataque, podem se encontrar informações sobre as casas atacadas pelos boers e onde viviam os membros do ANC. (RM)