11 de Junho de 2025
Mau tempo mata na África do Sul
O Presidente sul-africano convocou uma convenção nacional para 15 de Agosto próximo, que vai delinear a agenda do diálogo nacional.
Cyril Ramaphosa disse que o diálogo nacional visa remodelar o futuro da África do Sul diante de profundos desafios sociais e económicos, como são os casos da desigualdade, desemprego, criminalidade e da corrupção sistémica.
O estadista sul-africano quer que o Diálogo esteja alinhado com a visão 2030 da África do Sul e revigore o Plano Nacional de Desenvolvimento através de novos consensos e comprometimento.
A convenção nacional de 15 de Agosto vai reunir líderes de todos os sectores políticos, civis, religiosos, tradicionais e empresariais, num processo de reflexão sobre o estado da nação e forjar uma nova visão compartilhada para a África do Sul.
No início do próximo ano será feita uma segunda convenção, para adopção do programa nacional de acção.
Numa comunicação á nação, esta terça-feira, Cyril Ramaphosa enalteceu a importância do diálogo na construção da África do Sul:
“A ideia de dialogar não é um conceito novo no nosso país. De muitas maneiras, dialogar faz parte do nosso DNA, como nação. Em todos os momentos importantes da história do nosso país, nos unimos como nação para enfrentar nossos desafios e trilhar um caminho para o futuro, dialogando uns com os outros. Por meio do diálogo, conseguimos lidar com os desafios que o sistema do apartheid causou no nosso país, alcançamos a paz e superamos a violência. Estabelecemos uma democracia e acabamos com o apartheid. Após o processo de negociações, usamos o diálogo para começar a construir uma nação unida onde antes só havia conflito e divisão. Conseguimos tudo isso porque nos unimos através do diálogo para discutir as nossas dificuldades, preocupações, esperanças e aspirações como um povo”, disse.
Ainda na noite desta terça-feira, Cyril Ramaphosa indicou um grupo de trinta e uma personalidades, encarregues de orientar e defender o diálogo nacional.
A primeira vez que Ramaphosa falou sobre a necessidade do diálogo nacional foi o ano passado após as eleições gerais que ditaram a formação do actual Governo de Unidade Nacional. (RM Johannesburg)
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