26 de Abril de 2024
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O Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico divulgou hoje ter convocado o encarregado de negócios da embaixada da China para protestar contra o envolvimento de Pequim em alegados ciberataques à comissão eleitoral e a deputados do Reino Unido.
Num comunicado, a diplomacia britânica disse ter apresentado a "condenação inequívoca do Governo às organizações e indivíduos afiliados ao Estado chinês que realizam actividades cibernéticas maliciosas contra instituições democráticas e parlamentares do Reino Unido".
"O Governo do Reino Unido não tolerará tais actividades ameaçadoras e continuará a tomar medidas enérgicas com parceiros em todo o mundo para responder", acrescentou.
Na segunda-feira, o executivo britânico impôs sanções a dois indivíduos e a uma empresa ligada ao grupo de pirataria informática APT31.
Nesse dia, numa declaração na Câmara dos Comuns (câmara baixa do parlamento), o vice-primeiro-ministro, Oliver Dowden, afirmou que "agentes afiliados ao Estado chinês" tinham sido responsáveis "por duas campanhas cibernéticas maliciosas que visaram as instituições democráticas e parlamentares" britânicas.
"O Reino Unido considera que estas acções demonstram um padrão de comportamento claro e persistente que sinaliza a intenção hostil da China", vincou na mesma altura.
Estados Unidos e Nova Zelândia também fizeram declarações acusando a China de estar por detrás de ataques informáticos contra as suas instituições públicas.
A China rejeitou hoje as acusações dos Estados Unidos, do Reino Unido e da Nova Zelândia de que está por detrás de ataques informáticos contra as suas instituições públicas e disse ter "protestado veementemente junto das partes envolvidas".
Pequim "protestou veementemente junto dos Estados Unidos e das partes envolvidas e vai tomar todas as medidas necessárias para salvaguardar os seus direitos e interesses legítimos", afirmou Lin Jian, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.
Washington "uniu forças com o Reino Unido para ridicularizar os chamados ataques informáticos chineses", acusou ainda o porta-voz da diplomacia chinesa. (RM-NM)
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