As autoridades sul-africanas de North West planeiam enterrar os vinte e três corpos de mineiros ilegais não reclamados, até finais deste mês de Junho corrente ou princípios de Julho próximo.
Estes 23 fazem parte dos cerca de 80 mineiros ilegais retirados sem vida de uma mina abandonada, em Stilfontein, na província sul-africana de North West, no início do presente ano.
Apenas 25 corpos foram reconhecidos e entregues aos familiares de Moçambique, Lesotho e Zimbabwe, para a realização de enterros condignos.
Mais de cinco meses depois da trágica morte, as autoridades de ZNorth West iniciaram, semana passada, o enterro, em vala comum, dos corpos de mineiros ilegais não reclamados.
Na última terça-feira foram sepultados 30 corpos, em dois cemitérios de Klerksdorp, na província de North West. As autoridades garantem que extraíram o DNA dos finados para casos em que familiares se apresentem, no futuro, na busca dos seus entes queridos.
Os restantes 23 corpos não reclamados são que vão ser enterrados, nos próximos dias.
Uma organização de defesa das comunidades afectadas pela mineração criticou a decisão de enterrar os corpos dos mineiros ilegais não reclamados numa vala comum, sublinhando que eles foram desumanizados e tratados como criminosos.
Entre Dezembro e Janeiro últimos, cerca de 80 corpos de mineiros ilegais de vários países, incluindo Moçambique, foram retirados de uma mina abandonada, depois que as autoridades bloquearam as linhas de logística, no âmbito do combate a mineração ilegal.
Na mesma operação, outros mais de mil mineiros ilegais, na sua maioria moçambicanos, foram detidos. Este numero inclui cerca de cem menores.
A África do Sul possui cerca de seis mil minas abandonadas e, desde a tragédia de Stilfontein, têm se multiplicado os apelos para que o governo formalize a mineração artesanal. (RM Johannesburg)
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