22 de Julho de 2025
Associação Africana de Água e Saneamento reunida no Malawi
O Parlamento sul-africano deverá aprovar, esta quarta-feira, a Lei de Orçamento do Estado para este ano.
Esta terça-feira, a Aliança Democrática, segundo maior partido do Governo de Unidade Nacional, sinalizou que vai votar a favor, depois de incertezas das últimas semanas.
O líder do DA, John Seteenhiusen, explicou que a mudança do sentido de voto do partido dele se deve ao facto de Cyril Ramaphosa ter exonerado na última segunda-feira, a Ministra do Ensino Superior e Formação, Nobuhle Nkabane.
No início deste mês, a Aliança Democrática apresentou uma queixa-criminal contra Nkabane, acusando-a de mentir no Parlamento sobre supostas nomeações de quadros do ANC, para cargos de confiança nas instituições por ela tuteladas.
Na altura, o partido deixou claro que não vai apoiar os orçamentos de Ministérios cujos titulares estejam implicados em irregularidades.
Provavelmente, o insucesso nas negociações que o ANC levou a acabo com partidos fora do Governo de Unidade Nacional, como o ACTION SA, na tentativa de viabilizar a Lei de Orçamento de Estado, pode ter pressionado o Presidente Cyril Ramaphosa a afastar a Ministra Nkabane.
Num comunicado divulgado, esta terça-feira, a Aliança Democrática afirmou que a destituição de Nkabane foi um primeiro passo crucial para a responsabilização de Ministros comprometidos.
No entanto, o ANC já veio a público dizer que as mudanças operadas no Ministério do Ensino Superior e Formação nada têm a ver com a votação desta quarta-feira, no Parlamento.
Com o voto favorável do DA fica garantida a aprovação da Lei eo Orçamento da África do Sul.
O voto contra, esse, virá da bancada do Umkhonto We Sizwe e de outros partidos do chamado bloco progressista.
Esta terça-feira, o partido de Jacob Zuma não só reiterou que vai votar contra a proposta da Lei de Orçamento, como remeteu a presidente do parlamento uma proposta de moção de censura contra Cyril Ramaphosa.
O Umkhonto We Sizwe exige uma sessão extraordinária urgente, nas próximas duas semanas, para debater e votar a moção.
Esta formação política cita uma série de preocupações, que vão desde o aumento da taxa de criminalidade, má gestão econômica, falhas na segurança nacional e diz ainda que a liderança de Ramaphosa corroeu a confiança pública e permitiu que o país se desintegrasse.
O Partido de Zuma evoca alegações de interferência, falta de responsabilização, alegações de corrupção endémica e falhas no fornecimento de serviços básicos ao povo, para concluir que os sul-africanos perderam a confiança no presidente.
Sem o apoio do DA, o chumbo da proposta de moção de censura contra o presidente Cyril Ramaphosa é quase certo. (RM Johannesburg)
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