EUA adverte governo do Malawi para se afastar da Rússia

Os Estados Unidos da América(EUA) advertem ao governo do Malawi para se abster do aprofundamento de laços bilaterais com a Rússia.

A advertência é lançada pelo embaixador dos Estados Unidos da América no Malawi, David Young, um mês depois, de, o ministro da segurança interna do Malawi Ken Zikhale Ng'oma, ter liderado uma delegação de alto nível para o 11º Encontro internacional de segurança, que teve lugar em Moscovo.

À margem da reunião, o governo russo comprometeu-se a fornecer ao Malawi 20 milhões de dólares, para instalar energia nuclear, como uma fonte confiável de electricidade, que poderá ajudar o país a se transformar numa nação de renda média.

Reconhecendo a abundância de minerais que o Malawi dispõe, o governo de Moscovo através  do secretário de estado e vice-ministro de assuntos internos da Federação Russa Igor N. Zubov enfatizou que uma mudança de energia hidroeléctrica para a nuclear, permitiria ao Malawi gerar electricidade suficiente, que pode ser exportada para os países vizinhos.

Pelo facto de Malawi não possuir uma representação diplomática da Rússia, Zubov instou o governo de Lilongwe a trabalhar em estreita colaboração com o Zimbabwe, país que tem implantada uma embaixada russa.

Segundo o Secretário de estado russo, um aprofundamento da cooperação entre Malawi e Zimbabwe, poderá levar a resultados mutuamente vantajosos, particularmente em áreas como comércio, investimento e conhecimento técnico relacionado à energia nuclear.

Ao estabelecer uma usina nuclear, Malawi juntar-se-ia à África do Sul e ao Egipto, e seria o terceiro país africano a utilizar energia nuclear.

Face aos acordos alcançados, o embaixador David Young, adverte que os Estados Unidos da América não vão permitir que uma cooperação mútua entre Malawi e Rússia seja efectivada.

Young disse que, ao invés de olhar para a Rússia, o Malawi deveria consolidar os laços existentes actualmente com os EUA e a China.

Sabe-se que Moscovo está actualmente sob sanções internacionais após ter invadido a Ucrânia. ( RM Blantyre)

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