EUA mantêm proibição de viagens ao antigo ministro malawiano do Interior 

Publicado: 25/04/2023, 10:46
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Os Estados Unidos da América (EUA) mantêm a proibição de viagens do antigo ministro do interior do Malawi Uladi Mussa, apesar de se ter  beneficiado do indulto presidencial por ocasião da celebração da Festa Pascal.

Mussa que cumpria uma pena de cinco anos por ter sido culpado na atribuição de forma fraudulenta de nacionalidade malawiana a estrangeiros e pela prática activa de corrupção, está entre os 199 reclusos libertados no início deste mês devido ao perdão presidencial.

Uladi Mussa e sua esposa Cecília estão impedidos de viajar desde 2019 para os EUA, na altura, na qualidade de assessor do ex-presidente Peter Mutharika.

A Embaixada dos Estados Unidos, afirmou em comunicado, ter tomado conhecimento do perdão concedido ao antigo ministro do interior, contudo a sua proibição  de viajar para América, ainda não foi levantada.

A posição dos EUA é vista pelas organizações da sociedade civil como negação ao indulto presidencial concedido à Mussa.

O director executivo do Centro de Responsabilidade Social e Transparência, Willy Kambwandira disse que o perdão atribuído à Uladi Mussa, levanta muitos questionamentos, sendo um deles o aproveitamento político.

“Não estamos surpresos com a posição dos EUA em relação à proibição de viagens a Uladi Mussa. É uma forte declaração diplomática de desaprovação do perdão do presidente Chakwera”, disse Kambwandira.

Para o director executivo da Juventude e Sociedade, Charles Kajoloweka, os EUA têm o direito de manter as sanções contra Mussa.

Justifica-se dizendo que o governo dos EUA quer demonstrar o seu compromisso total na luta contra a corrupção no Malawi, sobretudo àqueles próximos à elite dominante.

Mas, o ministro da Informação e Digitalização, Moses Kunkuyu, disse que o perdão foi feito de acordo com os requisitos legais, portanto, minimiza o posicionamento dos EUA.

“A condenação foi baseada em um processo judicial alinhado com o sistema de Justiça criminal do país, de acordo com a Constituição Republicana e pela Lei de Práticas de Corrupção, em particular.

“O perdão em si foi baseado em uma prerrogativa presidencial consagrada na Constituição da República que não podemos começar a debater”, concluiu Kunkuyu. ( RM Blantyre)

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