FMF e dupla, Luís Gonçalves e Tiago Capaz, assinam acordo de cavalheiros

Um acordo de cavalheiros, entre a Federação Moçambicana de Futebol e o técnico português Luís Gonçalves, pôs fim ao litígio que opunha as duas partes, na sequência de um pedido de indemnização apresentado pelo ex-treinador dos Mambas, reclamando ter sido despedido sem justa causa.

De acordo com um comunicado divulgado esta quinta-feira pela instituição liderada por Faizal Sidat, «foi celebrado um acordo amigável com Luís Gonçalves e Tiago Capaz, ex-seleccionador e ex-treinador adjunto dos Mambas, respectivamente, no âmbito do litígio que envolvia as partes».

O caso veio à baila quando Luís Gonçalves e o adjunto Tiago Capaz apresentaram uma queixa à FIFA, reclamando uma indemnização de 350 mil euros à FMF pelo afastamento dos cargos, em Março de 2021, depois de Moçambique falhar a qualificação para o Campeonato Africano das Nações (CAN).

A FMF, no seu comunicado, não adianta os valores envolvidos, porém, segundo o semanário desportivo Desafio, Luís Gonçalves e Tiago Capaz deverão levar para casa 190 mil euros, contrariamente aos 350 mil euros a que a Federação tinha sido condenada a pagar aos treinadores pela FIFA.

«Com a assinatura do acordo, as partes encerram, deste modo, o litígio, facto este que já foi comunicado ao Tribunal Arbitral do Desporto, na Suíça, órgão ao qual a Federação Moçambicana de Futebol recorreu da decisão», lê-se ainda no comunicado.

Refira-se que este acordo de cavalheiros, entre FMF e Luís Gonçalves, só foi possível graças à mediação da Secretaria de Estado do Desporto, que, aliás, liderou as conversações com os técnicos portugueses e os seus advogados. (RM)