Governo quer atendimento mais humanizado nas unidades sanitárias

Publicado: 21/08/2025, 11:46
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O Ministro da Saúde, Ussene Isse, insta aos profissionais de enfermagem a prestarem serviços mais humanizados e a reforçarem a vigilância, visando combater o roubo e desvio de material médico nos hospitais.

O apelo foi expresso pelo titular da pasta de saúde durante um encontro mantido, esta quarta-feira em Maputo, com os enfermeiros da região do Grande Maputo.
O encontro serviu para auscultar as preocupações da classe e buscar soluções para melhorar o atendimento nas unidades sanitárias.

Ussene Isse disse esperar que estas acções venham melhorar os serviços prestados nas unidades sanitárias e permitir que os cidadãos voltem a confiar no Sistema Nacional de Saúde (SNS).

“Um enfermeiro deve atender a população moçambicana com amor, com carinho, com simpatia, com respeito e com humildade. Deve saber ouvir o doente e deixá-lo colocar o seu problema. Há vezes que o doente chega ao hospital mas o enfermeiro está a falar ao telefone, ou está a mexer o telefone e ouvindo música”, deplorou o ministro.

“Também peço a vossa ajuda no controlo do roubo de medicamentos, pois rouba-se muito medicamento nos hospitais. Quando a gente olha para aquilo que o Estado compra, os medicamentos chegam para todos, até sobram mas, quando o medicamento chega no hospital, em menos de 15 dias desaparece tudo”, disse.

Na ocasião, os enfermeiros pediram ao Ministro da Saúde para intervir na questão das progressões dos profissionais do sector. Também denunciaram a falta de ética e deontológica dos médicos perante esta classe de profissionais.

“Somos pisados e humilhados pelos médicos. Além do mais, os médicos olham para nós como empregados e isto fere-nos bastante”, lamentou um dos enfermeiros, acrescentando que, “eu que sou um sangue novo na enfermagem dá-me vontade de desistir, infelizmente”.

“Estamos a pedir ir à escola, estamos a pedir que não sejamos descontados pois merecemos porque, enquanto vamos à escola, precisamos desse dinheiro para nos alimentarmos em casa”, disse outra enfermeira.

Em resposta às preocupações apresentadas, incluindo tratamento injusto, falta de material de trabalho, atraso no pagamento de subsídios e sobrecarga de trabalho, o ministro assegurou que o Executivo já está a trabalhar para garantir a solução dos problemas dos mais de 75 mil profissionais de saúde, incluindo dos mais de 22 mil enfermeiros. (RM/AIM)

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