28 de Agosto de 2025
África do sul: Crime organizado transnacional apontado como uma das mais graves ameaças à paz e desenvolvimento
O Governo sul-africano alerta para falsas ofertas de emprego no estrangeiro, para jovens, publicadas nas redes sociais.
O vice-ministro da Justiça e Desenvolvimento Constitucional, Andries Nel, exorta os sul-africanos a serem cautelosos ao se candidatarem a oportunidades de emprego no exterior.
O alerta de Andries Nel surge após recentes publicações nas redes sociais de ofertas de emprego lucrativo na Rússia, para jovens sul-africanos.
O governante alerta que estas ofertas, muitas vezes promovidas por canais online informais e redes sociais, têm sido associadas a sérios riscos de exploração laboral e tráfico de pessoas.
“O Governo Sul-Africano condena essas práticas e reafirma a sua determinação em proteger os cidadãos, especialmente mulheres e jovens, da exploração no país e no exterior. Sejamos claros: essas ofertas de emprego não são endossadas pelo governo da África do Sul. Nunca confie apenas em anúncios das redes sociais. Sempre verifique e compare as oportunidades por meio de canais oficiais. Instamos todos os sul-africanos, especialmente os que procuram emprego, a tratar as ofertas de trabalho com extrema cautela. Portanto, antes de aceitar qualquer emprego no exterior, verifique a sua autenticidade junto dos Ministérios de Relações Internacionais e Cooperação, de Emprego e Trabalho, de Assuntos Internos e da Polícia”, disse.
O Ministro recordou o caso dos 23 sul-africanos que, em Março deste ano, foram resgatados de Mianmar, depois de terem sido atraídos para a Tailândia, sob falsas promessas de uma agência, que lhes prometia empregos lucrativos, anunciados através de plataformas das redes sociais. Para além de salários altos, havia promessas de viagens e alojamento gratuitos e outros incentivos.
Uma vez em Bangkok, os 23 sul-africanos foram levados á força para Mianmar, onde foram mantidos em cativeiro durante mais de quatro meses, num complexo de crimes cibernéticos.
Na altura em que foram repatriados, o Ministério sul-africano das Relações Exteriores fez saber que os 23 faziam parte de mais de sete mil de diversas nacionalidades, vítimas do tráfico humano, que estavam no cativeiro em Mianmar. (RM Johannesburg)
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