Macron apela a uma rápida resposta a incentivos adoptados pelos EUA

O presidente francês, Emmanuel Macron apelou esta quinta-feira à União Europeia (UE) para acelerar a sua resposta à legislação norte-americana de redução da inflação, nomeadamente na alteração das regras sobre as ajudas de Estado.

Em declarações à entrada para a reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas, Mácron salientou que, "para manter uma concorrência equitativa com os EUA, a UE deve "ir mais depressa, simplificar as regras e adoptar uma resposta macroeconómica e um nível de ajudas que permita responder, ser equivalente, ao que fazem os americanos".

https://de1f2e554ade1a731570262ec325cd35.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-40/html/container.html A posição de Mácron está alinhada com a da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que, na quarta-feira, enviou uma carta às capitais dos 27 Estados-membros propondo mudanças nas regras das ajudas estatais, em 2023, para enfrentar o "duplo desafio" de regras norte-americanas contra inflação e da crise energética.

No texto, a líder do executivo comunitário reiterou que "a agressão militar injustificada da Rússia contra a Ucrânia e a sua utilização da energia como arma provocaram um aumento acentuado dos preços da energia", como do gás e da electricidade que bateram máximos, ao mesmo que tempo que lei norte-americana da redução da inflação (IRA - 'Inflation Reduction Act') está a "prejudicar a competitividade europeia" através de incentivos como investimentos e subsídios.

Ursula von der Leyen pediu um ajuste temporário às "regras em matéria de auxílios estatais durante alguns anos" para, assim, "facilitar o investimento público e fomentar esta transformação sem precedentes".

O apoio da UE à Ucrânia face à agressão militar russa e questões energéticas dominam hoje, em Bruxelas, a agenda do último Conselho Europeu de 2022, à imagem do sucedido ao longo de praticamente todo o ano.

Portugal está representado, na reunião, pelo primeiro-ministro, António Costa. (RM-NM)