Chefe de estado do Malawi e candidato à presidência da república para a sua própria sucessão, Lazarus Chakwera, com uma forte probabilidade de vencer às próximas eleições gerais de 16 de Setembro, face ao egocentrismo demonstrado pelos partidos da oposição.
Quem assim defende, são analistas de ciências políticas do país.
Lazarus Chakwera que foi o último cidadão a apresentar oficialmente a sua candidatura, esta quarta-feira, à Comissão Nacional de Eleições, tem para os analistas um forte apoio na região central do país, por ser o único concorrente oriundo desta zona do Malawi, que conta com um grande número de eleitores registados, cerca de três milhões, quatrocentos e oitenta e oito mil pessoas, de um total de 7.2 milhões potenciais eleitores.
Já a oposição, com 6 candidatos de realce provenientes da região sul do país, como os antigos presidentes Joyce Banda e Peter Mutharika, o actual vice-presidente, Michael Usi, além de Atupele Muluzi, Kondwani Nankhumwa e Dalitso Kabambe não conseguiu formar um bloco de aliança para enfrentar o actual chefe de estado.
Estes seis candidatos presidenciais na oposição, segundo os observadores, irão certamente dividir os 2,817,300 votos dos eleitores inscritos na região sul, o que vai enfraquecer fortemente a sua concorrência com Lazarus Chakwera, único candidato da região centro.
Outro factor que está a favor do actual chefe de estado, é de ter escolhido o ministro da Indústria e Comércio, Vitumbuko Mumba, para ser o seu vice-presidente em caso de vitória.
Vitumbuko Mumba, um engenheiro de profissão, jovem e proeminente político pelo MCP, partido de Lazarus Chakwera, granjeia simpatia no seio do eleitorado face a sua popularidade pelas duras medidas que tem tomado para realinhar o comércio do país.
Enquanto isto, Peter Mutharika foi buscar a antiga presidente da comissão nacional, Jane Ansah, para servir como vice-presidente do país em caso de vitória.
Mutharika, está a receber duras críticas, devido a impopularidade da Jane Ansah, por ser uma figura controversa, que presidiu a comissão eleitoral em 2020, cuja eleição, foi anulada pelo tribunal constitucional.
Analistas, duvidam que Jane Ansah, enquanto candidata a vice-presidente, tenha a motivação e a paixão necessárias para fazer campanha e conquistar votos suficientes para compensar as limitações de Peter Mutharika que tem 85 anos de idade e com muitos condicionalismos de saúde.
Face a isto, mesmo na consciência que os malawianos não nutrem animosidade em relação a actual liderança devido ao aumento da inflação, escassez de divisas, falta de combustível, desemprego e corrupção generalizada, os pesquisadores consideram que continuar com Lazarus Chakwera poderá ser a melhor opção, em detrimento de Peter Mutharika que era tido como uma alternativa do país.
Oficialmente, 22 candidatos concorrem à presidência da república do Malawi, num processo que segundo a União Europeia será o mais acirrado da história do país, que provavelmente poderá se chegar a uma segunda volta. (RM Blantyre)
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