O Programa Mundial de Alimentação (PMA), poderá cortar a assistência a 53 mil refugiados e requerentes de asilo a partir de Junho próximo, no Malawi, devido ao défice financeiro.
O défice orçamental para os próximos seis meses é de 3,5 milhões de dólares, necessários para fornecer assistência adequada a 53 mil refugiados entre Fevereiro e Julho próximos.
Neste momento, a assistência do PMA foi significativamente reduzida, sendo que a prioridade está a ser dada aos mais vulneráveis que estão acomodados no Campo de Refugiados de Dzaleka, no distrito de Dowa, norte do Malawi.
O director e representante do PMA no Malawi, Paul Turnbull, ilustrou que o défice orçamental, representa um desafio para sustentar o actual nível de apoio e satisfazer as necessidades da população vulnerável.
Turbull reconhece que a suspensão da assistência alimentar a partir de Junho próximo, poderá agravar a insegurança alimentar para os refugiados, mas caso não haja um apoio financeiro, não haverá escolha, se não tomar esta decisão difícil.
O PMA sustenta que a posição do governo de enviar de volta refugiados e requerentes de asilo para o campo de Dzaleka, aumentou a pressão sobre os escassos recursos disponíveis para apoiar os refugiados, numa altura em que alguns destes viviam à custo próprio.
Confrontado com a situação, o ministro da segurança interna, Ken Zikhale Ng'oma, disse que não há nada que o governo possa fazer para apoiar os refugiados, caso o PMA deixe de disponibilizar a ajuda alimentar.
Para Ng´oma, o governo do Malawi já está sob pressão para alimentar o seu próprio povo que enfrenta uma fome aguda, tendo de seguida exortado ao PMA a continuar a fornecer apoio.
Apelou igualmente aos refugiados, cujo países de proveniência já estão em paz, a regressarem às terras de origem. (RM Blantyre)
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