Polícia malawiana deteve, quinta-feira, 17 pessoas por protagonizarem violência durante os protestos havidos na cidade de Mzuzu, norte do país, em exigência da renúncia da presidente da Comissão Eleitoral, a juíza Annabel Mtalimanja.
Quando faltam apenas 108 dias para a realização das eleições gerais, Malawi vive momentos turbulentos, com a oposição e algumas organizações da sociedade civil a exigirem que a comissão eleitoral, abandone o uso da tecnologia digital da Smartimatic para o gerenciamento do próximo escrutínio, por alegadamente ser um dispositivo pré-programado, para dar vitória ao actual presidente do país, Lazarus Chakwera.
Durante a manifestação de Mzuzu, um dos líderes dos protestantes, Gomezgani Nkhoma, alegou que a Smartmatic, empresa que forneceu os dispositivos de gerenciamento eleitoral à comissão de eleições, não tinha credibilidade.
Ele defende que as máquinas da Smartmatic são propensas à manipulação, tendo afirmado que a empresa estava ligada a alegações de fraude, suborno e lavagem de dinheiro por seu envolvimento em eleições em vários países.
Estes, exigem uma auditoria independente do sistema para verificar sua susceptibilidade à manipulação, devido à sua dependência de software e para verificar sua vulnerabilidade nos protocolos de transmissão de resultados.
Os manifestantes, vão mais longe ao decretar que caso as suas demandas não forem atendidas até 6 de Junho próximo, embarcarão em protestos em todo o país.
Durante as manifestações de quinta-feira, que se presumia serem pacíficas, estas, acabaram com a violência, onde os participantes, vandalizaram painéis com a figura de Lazarus Chakwera, além de destruir material propagandístico do MCP, partido no poder.
Os manifestantes chegaram a esvaziar pneus de viaturas da polícia, bloquearam estradas, vandalizaram estabelecimentos comerciais, enquanto que outros exigiam aos motoristas para que pagassem um certo valor em troca de acesso às vias.
E porque a situação estava a atingir contornos alarmantes, militares das Forças de Defesa do Malawi foram chamados a intervir para conter a situação.
Face a isto, segundo o porta-voz da polícia na região norte do país, Maurice Chapola, a corporação deteve os 17 indivíduos por estarem a protagonizar actos de vandalismo.
O Malawi vai às urnas no próximo dia 16 de Setembro, mas o país vive momentos de tensão e violência entre os apoiantes dos diferentes partidos políticos, que exigem a demissão da presidente da comissão eleitoral, Annabel Ntalimanja, por alegada parcialidade. (RM Blantyre)
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