Forças de Defesa do Malawi entregam ao Tribunal Superior da Divisão de Crimes Financeiros, documentos confidenciais para auxiliar o judiciário a determinar o alegado envolvimento do vice-presidente, Saulos Chilima, em práticas de corrupção.
Entre os documentos entregues esta terça-feira, consta uma acta de reunião do Conselho de Defesa realizada em 16 de Outubro de 2020, que autorizou a aquisição de veículos blindados de transporte de pessoal, e um memorando de Março de 2021 em que o presidente, Lazarus Chakwera, autorizou a aquisição do material bélico, usando fonte única.
Inicialmente, as Forças de defesa do Malawi tinham recusado a entrega ao Tribunal, por alegadamente serem documentos que mexem com a segurança do estado.
Mas a 12 de Janeiro deste ano, o juiz presidente, Redson Kapindu, ordenou que as forças de defesa lhe fornecessem pessoalmente, até às 10 horas da manhã desta terça-feira, todos os documentos, sob estrita cobertura confidencial.
Na sua decisão, o juíz Kapindu sublinhou que cabia ao Tribunal determinar a sensibilidade ou não dos documentos.
O tribunal vai avaliar se os documentos são relevantes para incriminar o vice-presidente do país.
A apresentação dos referidos documentos ao Tribunal, foi suscitada pela defesa de Saulos Chilima,para que haja um julgamento justo.
Isto, acontece duas semanas depois de o Tribunal inocentar o vice-presidente do país, de duas acusações, nomeadamente de não ter feito uma denúncia completa ao Gabinete central de combate à corrupção sobre o alegado assédio que teve por parte do empresário Zuneth Sattar.
Em finais da semana passada, indivíduos desconhecidos, tentaram sem sucesso invadir o gabinete do Vice-presidente do país.
Saulos Chilima, foi preso e solto mediante pagamento de caunção em Novembro de 2022 por supostamente exigir e receber suborno para influenciar a adjudicação de contratos das Forças de Defesa e Segurança ao empresário Zuneth Sattar, baseado no Reino Unido. (RM/Blantyre)
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