Malawi entre 12 países africanos que vão receber a nova vacina contra a malária

Malawi está entre os 12 países africanos que vão receber 18 milhões de doses de vacina contra a malária em áreas piloto, entre 2023 e 2025.

As doses serão fornecidas com apoio e coordenação da Aliança Global de Vacinas (Gavi), Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Unicef.

A lista países beneficiários inclui Gana, Quénia, Benin, Burkina Faso, Burundi, Camarões, República Democrática do Congo, Libéria, Níger, Serra Leoa e Uganda.

Trata-se de países que registam maior número de contágios pelo plasmódio, principalmente em crianças.

Espera-se que esses países introduzam as vacinas contra a malária em seus programas de imunização de rotina.

As primeiras doses da vacina devem chegar no último trimestre de 2023 e os países devem distribuí-las no início de 2024.

Em comunicado, o Fundo das Nações Unidas para a Infância aponta que o lançamento destas vacinas é um passo crucial na luta contra a malária, uma das principais doenças que causam maior número de internamento e mortalidade em África.

O director-gerente de entrega de programas nacionais da Gavi, Thabani Maphosa, afirma  que a vacina contra a malária tem potencial para ser  impactante na luta contra a doença.

Maphosa acredita que a massificação da vacina associada a outras intervenções, poderá prevenir dezenas de milhares de mortes futuras.

O director associado de imunização do Unicef, Ephrem Lemango, considerou que à medida que a oferta aumenta, haverá esperança de que mais crianças se beneficiem deste imunizante.

A demanda global anual por vacinas contra a malária é estimada entre 40 e 60 milhões de doses até 2026, esperando-se que venha a crescer para 80 à 100 milhões de doses por ano até 2030.

A malária é uma das doenças  mortais em África, fazendo quase meio milhão de óbitos em crianças menores de cinco anos anualmente, o que representa aproximadamente 95% de casos globais da doença e 96% de mortes em 2021. ( RM Blantyre)