Malawi: Exigência de acção urgente para travar escassez de combustíveis, falhas no abastecimento de água e electricidade

Organizações de Defesa dos Direitos Humanos no Malawi, exigem ao governo uma acção urgente para travar a escassez contínua de combustível, abastecimento irregular de água potável e os constantes apagões que afectam a cada dia, milhões de malawianos.

Em uma carta, estes, destacam que as crises, que já duram mais de um mês, representam uma grave violação dos direitos humanos fundamentais garantidos pela Constituição do Malawi e por instrumentos internacionais de direitos humanos.

Segundo àquelas agremiações, a escassez de combustível tem sido um problema grave desde que o presidente Peter Mutharika assumiu o cargo, com uma falta crítica que persiste há mais de 40 dias.

A organização observa que motoristas estão passando noites em postos de gasolina, empresas estão paralisadas, ambulâncias e hospitais sobrecarregados além dos custos de transporte que disparam a cada dia, empurrando cada vez mais famílias vulneráveis ​​à pobreza.

Estes, enfatizam que o combustível é um produto estratégico para a economia e criticam a falta de urgência do governo em lidar com a crise.

Destacam que as tentativas do governo de culpar os distúrbios pós-eleitorais na Tanzânia pela escassez de combustível já não são credíveis, uma vez que as estas manifestações terminaram, mas a crise no Malawi continua.

Os defensores dos direitos humanos atribuíram a escassez de combustível ao planeamento deficiente, à falta de transparência e à negligência do sector dos combustíveis.

Estes, apelam ao presidente do país, Peter Mutharika, para convocar com urgência uma força-tarefa de alto nível, constituída pela Autoridade Reguladora de Energia, Companhia Nacional de Petróleo e pela sociedade civil para supervisionar o restabelecimento imediato do fornecimento de combustível, água e energia que escassearam no país.

O grupo de direitos humanos também apela ao Parlamento para que convoque os ministros das áreas afectadas e reguladores responsáveis ​​a fim de explicarem as crises em curso e implementarem estratégias de gestão de energia e combustíveis a longo prazo. (RM Blantre)