
Governo de Peter Mutharika, reabre processo sobre caso da morte do antigo vice-presidente do Malawi, Saulos Chilima, que perdeu a vida em Junho do ano passado, vítima de acidente de aviação.
O ministro da Justiça e Assuntos Constitucionais do Malawi, Charles Mhango, solicitou para o seu gabinete de trabalho, os relatórios do Bureau Federal de Investigação de Acidentes Aeronáuticos da Alemanha e das duas Comissões de Inquérito Independente do país.
Mhango, que já está na posse dos três documentos, disse que junto de uma equipa especializada, estão a analisar minuciosamente os inquéritos e só depois deste passo, o país saberá o rumo a seguir.
Para analistas, a menção de uma revisão do caso da morte do vice-presidente do país, reacende profundas suspeitas, e perguntas sem resposta sobre o que realmente aconteceu na Floresta de Chikangawa há 10 de Junho de 2024.
O presidente do Movimento de Transformação Unida, UTM, Dalitso Kabambe, que sucedeu a Chilima, na liderança deste partido, considerou a medida do governo de oportuna e necessária, salientando que, embora o inquérito inicial tenha oferecido uma explicação técnica, aspectos-chave antes e depois do acidente permanecem obscuros.
Kabambe elogiou o empenho da nova administração do país, em revisitar esta tragédia através de um processo transparente e imparcial, pois pelas suas palavras, a verdade não deve ser negociada.
A chefe da bancada parlamentar do UTM na Assembleia da República, Patricia Kaliati, afirmou que não se pode descansar enquanto não se conhecer a verdade sobre o que realmente aconteceu naquela manhã do dia 10 de Junho, e alega que a aeronave militar usada naquele vôo fatídico, não tinha combustível.
E porque a pressão para a reabertura do caso Chilima aumenta, com algumas vozes alimentando que a mesma é movida por suspeita da alegada conspiração do antigo governo de Lazarus Chakwera, o então secretário-geral do MCP e agora deputado por este partido, Eisenhower Mkaka, ecoou em plenária para que se abra esta nova investigação.
Para Mkaka, se os três relatórios apresentados foram rejeitados pelos outros partidos, o novo governo pode actuar como um árbitro independente na questão, pois também o partido de Lazarus Chakwera, disse ele, quer saber a verdade.
Suas declarações marcam a primeira vez que uma figura proeminente do MCP apoia abertamente a reabertura do caso, que permanece como fonte de luto nacional e tensão política.
As comissões dos três inquéritos realizados, concluíram que não houve evidências de crime no acidente e a autópsia realizada apontou que Chilima e outras oito pessoas morreram devido a ferimentos catastróficos resultantes do impacto violento da queda. (RM Blantyre)



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