Governo do Malawi interdita a contratação de dois mil enfermeiros desempregados para o exercício da profissão fora do país.
O governo diz que não pode emitir autorização para o ingresso em mercados de emprego do estrangeiro, pois estaria a violar as normas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e os objectivos da agenda de Saúde do Malawi 2063.
O secretário principal do ministério do Trabalho do Malawi, Wezi Kayira, explicou que de acordo com a OMS, o sistema de prestação de serviços de saúde do Malawi é dos mais pobres do mundo, classificado em 185º lugar entre 190 países.
Kayira ilustra que o país enfrenta uma taxa de escassez de profissionais de saúde de 40%, estando proibido de exportar profissionais de saúde.
A medida está a criar atritos entre o governo e a organização dos enfermeiros e parteiras do Malawi.
Shouts Simeza que é o presidente desta organização, afirma que se o governo não quer facilitar a ida para o estrangeiro de enfermeiros formados localmente, que crie condições para empregá-los.
A activista de direitos de Saúde, Maziko Matemba, elogia o governo pela decisão.
No entanto, pediu que as duas partes encontrassem uma solução amigável.
Refira-se que na região da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), outros estados membros estão tomando medidas para a retenção dos profissionais de saúde.
Na semana passada, o vice-presidente do Zimbabwe, Constantino Chiwenga, anunciou que o país pretende introduzir uma lei que tornaria ilegal o recrutamento de profissionais de saúde para outras nações.
A medida visa evitar a perda de valiosos profissionais de saúde para outros países, quando o sistema de saúde do Zimbabwe, enfrenta défice de mão-de -obra qualificada. (RM Blantyre)
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