Malawi reabre escolas após 2 semanas de encerramento

No Malawi, o Ministério da Educação reabre as escolas, depois de duas semanas de encerramento, devido ao surto da cólera que já causou 852 mortes no país.

Com um cumulativo de 26,263 casos de cólera, Malawi decidiu fechar os estabelecimentos de ensino, para a melhoria das condições de higiene nos recintos escolares.

Uma das medidas tomadas pelo ministério malawiano da água e saneamento, foi a religação de água canalizada em todas escolas, independentemente das dívidas com a empresa nacional de distribuição de água.

Entretanto, dois dias depois do reinício das aulas, foram registados 127 casos de cólera e oito óbitos nas escolas de todo o país, motivo de preocupação para a ministra da saúde, Khumbize Kandodo Chiponda.

Por conta da informação, a activista de direitos de saúde, Maziko Matemba, alerta para a tomada de medidas redobradas porque a cólera é uma forte ameaça à saúde pública.

Vários actores da sociedade civil incluindo o próprio governo, desdobram-se em campanhas de educação cívica para conter o vibrião colérico que está em rápida propagação no Malawi.

Em Lilongwe, por exemplo, a comissão parlamentar de Recursos Naturais e Mudanças Climáticas ordenou o Conselho Municipal local e a Autoridade de Protecção Ambiental do Malawi que encerrassem imediatamente a principal lixeira e que impusessem medidas de saneamento e higiene em todos os mercados.

Nesta quarta-feira, a organização não-governamental Good Neighbours, doou 104 baldes de cloro e 550.000 máscaras para ajudar o país na luta contra a cólera e a covid-19.

No Malawi, milhares de voluntários estão a ser treinados pela Cruz Vermelha e Visão Mundial, para prestarem os primeiros socorros às comunidades. ( RM Blantyre)