Malawi vota contra resolução que responsabiliza Israel em crimes na faixa de Gaza

Publicado: 09/04/2024, 11:12
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Malawi vota contra a adopção de uma resolução exigindo a responsabilização de Israel por alegados crimes de guerra no conflito em Gaza.

O Malawi, juntamente com o Paraguai e os Estados Unidos votaram contra a resolução, enquanto que outros 36 países, incluindo a África do Sul e o Gana, votaram à favor.

As cinco resoluções adoptadas pelo Conselho dos Direitos Humanos da ONU em 5 de Abril de 2024 apelam também a um cessar-fogo imediato em Gaza, onde Israel tem lutado contra o Hamas.

Exigiram que Israel levantasse imediatamente o seu bloqueio à Faixa de Gaza e todas as outras formas de punição colectiva.

O conselho disse que a votação foi uma medida para evitar novas violações de direitos humanos no conflito que já matou pelo menos 33 mil pessoas.

Para o director executivo do Centro para os Direitos Humanos e Reabilitação, Michael Kaiyatsa, a decisão do Malawi de votar contra a resolução foi deplorável, pois a resolução era importante porque visa responsabilizar Israel por possíveis crimes de guerra e contra a humanidade em Gaza. 

Esta posição de Kaiyatsa, foi corroborada pelo presidente da Coligação de Defensores dos Direitos Humanos, Gift Trapence, que classifica a posição do Malawi como retrógrada.

“A HRDC está decepcionada com a posição do Governo do Malawi. O Malawi, como membro do Conselho dos Direitos Humanos, precisa de estar do lado da razão,  na promoção e protecção dos direitos humanos, garantindo que as questões de responsabilização e justiça não sejam selectivas”, disse Trapence.

Há quatro meses, o Governo do Malawi também foi criticado por alguns grupos de direitos civis no país por se abster de uma votação na ONU que apelava a Israel e Hamas para pararem de lutar em Gaza.

Na votação sobre a protecção dos civis, especialmente mulheres e crianças, e o cumprimento das obrigações legais e humanitárias em Gaza que teve lugar a 12 de Dezembro de 2023, o Malawi foi o único país da África Austral que se absteve. 

O Ministério malawiano dos Negócios Estrangeiros defende que a decisão era do interesse supremo do Malawi, não admitindo espaço para reparar o alegado erro. (RM Blantyre)

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