A ministra sul-africana de Relações Internacionais e Cooperação, Naledi Pandor, voltou a apelar um cessar-fogo imediato no Medio Oriente.
Pandor esteve, terça-feira, no Parlamento, onde discursou sobre a guerra entre Israel e o grupo Hamas.
Para além do fim das hostilidades, a chefe da diplomacia sul-africana defende a abertura de corredores humanitários, a libertação de reféns, o envio para Gaza de uma força de manutenção da paz da ONU e o início de um diálogo que conduza á paz.
Pandor disse ainda que o Hamas violou o direito internacional, mas acrescentou que os bombardeamentos de Israel a alvos civis, já deveriam ter merecido a devida resposta até do Tribunal Penal Internacional:
“Os assassinatos de crianças, de mulheres e de idosos por parte de Israel sãos actos que deveriam ter levado o Tribunal Penal Internacional a emitir um imediato mandado de captura, contra os principais tomadores de decisão, incluindo o senhor Benjamim Netanyau que é o responsável pela violação do direito penal internacional”, disse
A Ministra sul-africana de Relações Exteriores e Cooperação criticou o Conselho de Segurança da ONU por não ter conseguido, pelo menos, apelar a um cessar-fogo humanitário.
Naledi Pandor reiterou que para a África do Sul, a solução deste conflito passa pelo estabelecimento de dois estados:
“É importante sublinhar que o conflito entre Israel e a Palestina só pode ser resolvido através do estabelecimento de dois estados, Palestina e Israel, vivendo lado a lado em paz. O Estado Palestino deve ser criado nos moldes da fronteira de 1967, com Jerusalém Oriental como a sua capital e em linha com as múltiplas resoluções da ONU, em vigor. Para a materialização desta solução de dois estados, as Nações Unidas devem começar, urgentemente, com o respectivo processo de paz”, afirmou.
No debate que se seguiu ao discurso da Ministra Pandor, os partidos na oposição, como a Aliança Democrática, Inkata Partido da Liberdade, EFF criticaram o governo por ter decidido chamar os seus diplomatas de Tel Aviv, para consultas.
Estes partidos exigem acções mais enérgica, que incluem o encerramento da embaixada de Israel, em Pretória. (RM Pretória)
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