Moçambique e Malawi assinam acordo de cooperação sobre Comissão Conjunta de Águas  

Moçambique e Malawi assinam, esta sexta-feira, na cidade de Lilongwe, um Acordo de Cooperação sobre as regras e procedimentos de funcionamento da Comissão Conjunta de Águas dos dois países.

Os dois países partilham recursos hídricos com maior destaque para o Lago Niassa e o Rio Chire, cujas potencialidades pesqueiras e de navegabilidade são a base de sustentabilidade económica de milhares de famílias dos dois países.

O memorando a ser assinado, hoje, tem em vista a promoção de uma cooperação coordenada entre as partes, com vista a garantir o desenvolvimento, gestão e utilização sustentável dos recursos hídricos partilhados pelos dois países.

Isto tem em conta a demanda crescente de água em Moçambique e Malawi, países afectados por mudanças climáticas que impactam na redução gradual da disponibilidade de água e no desenvolvimento sócio-económico das bacias hidrográficas. 

Ao estabelecer um Comité Conjunto das Águas de Moçambique e Malawi, os dois países estão cientes de que, os cursos de água transfronteiriços, necessitam de acções coordenadas que aumentem os benefícios para uma gestão eficaz na agricultura, armazenamento de água, águas residuais, e diminuir os riscos de desenvolvimento e gestão de recursos hídricos.

Para o Ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos de Moçambique, Carlos Mesquita, a assinatura do acordo constitui um marco importante, pois é uma manifestação da vontade inequívoca dos dois países em contribuir para a gestão de recursos hídricos, dentro do quadro regional de cooperação para benefício mútuo em respeito à soberania de cada um dos Estados-Membros. 

Carlos Mesquinta falava momentos após ter visitado a Barragem Kamuzu, em Lionde, distrito de Machinga no Malawi, uma infra-estrutura hidráulica que de entre várias funcionalidades, controla os níveis de água a montante e aumenta a capacidade de armazenamento do Lago Malawi.

No Malawi, Carlos Mesquita será ainda recebido em audiência pelo alto comissário de Moçambique, Elias Zimba e pela ministra dos Recursos Hídricos daquele país, Abida Mia. ( RM Blantyre)