
Moçambique saiu da lista cinzenta do Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI), esta sexta-feira, na qual se encontrava desde 2022, devido às fragilidades do seu sistema financeiro no combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo.
A deliberação foi ratificada, esta sexta-feira, pela organização internacional que se reuniu em sessão plenária no Centro de conferências da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), em Paris, França.
A saída da lista cinzenta resulta da avaliação positiva das reformas implementadas pelo país em resposta às recomendações formuladas pelo grupo, desde 2022, entre as quais o maior fortalecimento da supervisão financeira; melhoria da coordenação interinstitucional e monitoria eficaz das ONG e da sociedade.
Falando na saída das instalações do Centro de Conferências da OCDE, em Paris, local onde os avaliadores internacionais do GAFI decidiram proclamar a saída de Moçambique, a ministra das Finanças, Carla Louveira disse que a saída de Moçambique da lista cinzenta do GAFI, transmite a credibilidade do sistema financeiro moçambicano para o mercado Global.
“ O país, têm agora o desafio de garantir a sustentabilidade pós saída da lista cinzenta”, afirmou.
Defendeu ainda que Moçambique deve continuar a promover políticas nacionais de combate ao branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo.
Sublinhou que esta decisão positiva, vai contribuir, significativamente, para reduzir o risco financeiro associado ao país, reforçar a credibilidade dos mercados nacionais perante a comunidade internacional e melhorar o ambiente de negócios em Moçambique.
Antes desta decisão final, a Ministra das Finanças explicou que o anúncio deveria ser favorável por conta da apreciação positiva conduzida tanto pelos especialistas do grupo no país, como pelo Grupo de Revisão da Cooperação Internacional (ICRG, na sigla inglesa), responsável por analisar os relatórios de progresso e propor eventuais ajustamentos ou a manutenção de um país sob vigilância, que apreciou o relatório do país ainda no decurso das reuniões desta organização intergovernamental de combate ao branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo.
A dirigente que, participa desde o início da semana nas reuniões do GAFI, explicou que foi desenvolvido um trabalho pelas autoridades moçambicanas, em todos os níveis para que as reformas necessárias, previstas no plano de acção acordado com o GAFI, fossem plenamente executadas, abrindo caminho a uma decisão favorável.
Foi precisamente a 22 de Outubro de 2022, que Moçambique entrou na lista Cinzenta do Grupo de Acção Financeira Internacional, organismo que monitora a prevenção e o combate ao branqueamento de capitais.
Muitos países endereçaram felicitações pelo ganho conseguido por Moçambique.
O director-geral da unidade de informação financeira de Angola, Gilberto Capece, diz que com esta vitória, Moçambique se revela como uma escola para outros países que ainda continuam na lista cinzenta.
Já o economista moçambicano Ivan Amade entende que este momento representa um ganho para Moçambique…
Para além de Moçambique saem da lista cinzenta países como, África do sul, Nigéria, e Burquina-Faso. (RM)



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