Na área da Defesa: Moçambique tirará “todo o proveito possível” de cooperação com Portugal

Publicado: 12/05/2021, 6:13
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O Ministro da Defesa Nacional, Jaime Neto, disse em Oeiras que o país tirará “todo o proveito possível” do acordo de cooperação militar assinado com Portugal para os próximos cinco anos, do qual o governante português destacou o investimento na formação.

O ministro português da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, e o seu homólogo moçambicano, Jaime Neto, fizeram na segunda-feira uma breve declaração à imprensa, após a assinatura do Acordo-Quadro que estabelece os termos da cooperação militar entre os dois países até 2026, numa cerimónia no Forte de S. Julião da Barra, em Oeiras.
Jaime Neto manifestou a sua “alegria” com a renovação deste acordo que “vai continuar a ajudar Moçambique na componente de formação e outros projectos que foram acrescentados neste novo programa”, sem especificar quais.
“Vamos trabalhar no sentido de tirarmos todo o proveito possível, olhando para a situação actual do país”, sublinhou, deixando um apelo à ajuda europeia.
“Penso que o treino que vai acontecer em Moçambique, poderá apoiar a nossa força a combater o terrorismo, devia também ser acompanhado por outros esforços na UE (União Europeia) de capacitar as nossas forças de defesa e segurança para melhor enfrentarmos este desafio”, considerou o governante.
Neto associou os ataques terroristas de que Moçambique tem sido alvo ao tráfico de droga e de órgãos humanos e também de crianças e mulheres, em particular.
Já o ministro da Defesa português manifestou uma “grande satisfação” com a assinatura deste acordo, adiantando que “houve também ocasião para fazer a actualização do programa de cooperação de acordo com aquilo que são os desafios actuais”, tendo sido adicionado “um projecto importante de formação de militares moçambicanos, de forças especiais moçambicanas, em Catembe e Chimoio”.
“O resultado é que o programa-quadro terá uma quadruplicação do número de efectivos portugueses a trabalhar com as suas contrapartes em Moçambique”, vincou, referindo-se ao envio anunciado em Fevereiro em entrevista à Lusa de 60 formadores de forças especiais, que irão juntar-se aos 21 já na região.
Gomes Cravinho sublinhou ainda que Portugal e Moçambique “são países irmãos” com uma “cooperação muito próxima no domínio militar há mais de 30 anos”.
“É com grande satisfação que assinalamos este momento, coincidindo, aliás, com o dia em que em Catembe se iniciam as actividades de formação de fuzileiros, e é com muita expectativa que antevemos os próximos cinco anos de cooperação entre Portugal e Moçambique”, rematou o ministro português.
Lembrando que Moçambique “está a ser agredido por forças estrangeiras, terrorismo”, Jaime Neto adiantou que o país contabiliza cerca de duas mil mortes e 800 mil pessoas deslocadas.
A contribuição de Portugal para a formação e capacitação das forças moçambicanas prevê o treino de “sucessivas companhias” das forças armadas, em três a quatro meses, durante três anos, o que representa um "triplicar" do investimento português em projectos de cooperação com aquele país, que existe desde 1988.
Quanto aos locais de trabalho, está previsto que os militares portugueses estarão no sul do país, em Catembe, (fuzileiros) e no centro (comandos), disse Cravinho. Em meados de Abril seguiram para Moçambique duas equipas-avançadas para preparar, no terreno, as acções formativas. (RM Notícias)

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