ONU pede a países não-alinhados influência para travar guerra em Gaza

Publicado: 19/01/2024, 17:18
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O presidente da 78.ª Assembleia Geral da ONU pediu hoje ao Movimento dos Não-Alinhados para que exerçam influência para parar a guerra de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza.

"Devo dizer-lhes que estou profundamente preocupado e, na verdade, chocado com a calamidade em curso na Faixa de Gaza", disse Dennis Francis na sessão de abertura da XIX Cimeira de Chefes de Estado e de Governo dos países não-alinhados, que está a decorrer no Centro de Convenções Speke, no sul de Kampala, capital do Uganda.

"Por isso, apelo a este Movimento para que exerça a sua influência para pôr fim ao que estamos a assistir", frisou.

"A Assembleia Geral, na voz da maioria dos membros, manifestou-se para exigir um cessar-fogo humanitário imediato e a libertação de todos os reféns", recordou o diplomata de Trinidad e Tobago.

O presidente observou que, depois de várias guerras ao longo de décadas, está convencido de que "uma solução política negociada é o caminho através do qual tanto israelitas como palestinianos alcançarão o direito fundamental a uma vida em paz".

"É precisamente por esta razão que escolhi a paz como a primeira das quatro prioridades da minha presidência, reflectindo a sua importância fundamental para alcançar a prosperidade, o progresso e a sustentabilidade", acrescentou.

Em 12 Dezembro, a Assembleia Geral da ONU aprovou, com 153 votos -- 10 contra e 23 abstenções --, uma resolução que apela a um cessar-fogo humanitário imediato em Gaza.

Embora os votos da Assembleia não sejam vinculativos, este apelo internacional centrou-se em solicitar um cessar-fogo face à "situação humanitária catastrófica e ao sofrimento da população palestiniana".

A guerra entre Israel e o Hamas eclodiu a 07 de Outubro, após um ataque do grupo islâmico em território israelita que deixou 1.200 mortos e pelo menos 240 reféns.

Desde então, a ofensiva militar israelita em Gaza causou mais de 24.600 mortes confirmadas entre palestinianos, 75% das quais crianças, mulheres e idosos.

Estima-se que cerca de 8.000 pessoas estejam soterradas e mortas sob os escombros de edifícios destruídos, numa paisagem de devastação sem precedentes que, segundo os especialistas, praticamente não se via desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Entre as fileiras do Exército israelita, também morreram 194 militares desde o início da invasão terrestre em 27 de Outubro, enquanto a crise humanitária em Gaza se agrava devido à escassez de alimentos, água potável, abastecimentos básicos ou combustível.

Por sua vez, as pessoas deslocadas internamente são perto de dois milhões, mais de um milhão concentradas na área de Rafah, no sul, e cerca de 800 mil habitantes de Gaza permanecem no norte, quase sem acesso a alimentos ou assistência básica.

O Movimento dos Não-Alinhados pretende emitir uma declaração sobre o conflito no sábado, dia de encerramento da cimeira.

O MNA é composto por 53 países de África, 39 da Ásia, 26 da América Latina e Caraíbas e dois da Europa. (RM-NM)

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